Maior marketplace de design do Brasil, Muma teve ano marcado por escala de faturamento na contramão do segmento, abertura do modelo de negócios para franquias e inauguração de Guide Shop em Moema
Na noite desta terça-feira, 26 de setembro, o Prêmio GIA elegeu a MUMA como a melhor varejista em decoração e artigos para casa do Brasil. A startup que virou referência como o maior marketplace de design do Brasil agora segue para a etapa global que acontece em Chicago (EUA).
Concorrendo com 33 empresas brasileiras, a MUMA foi eleita por um júri de profissionais com experiência no varejo, visual merchandising, design, ponto de venda, tendências e inovação, incluindo nomes como: Luciana Locchi, consultora de negócios especializada em retail design e visual merchandising; Regina Galvão, jornalista, ex-editora das revistas Casa Claudia e Casa Vogue Brasil; Renato Diniz, especialista em Visual Merchandising e Retail Design; e Luiza Brugger Issler e Francisco Brugger Issler, co-fundadores da Vitrine Perfeita.
“A Muma nasceu há nove anos no Recife com a pretensão de inovar na forma como o mobiliário de design era vendido no Brasil. Hoje é muito gratificante receber um prêmio que reconhece justamente a inovação que a marca trouxe para o segmento, então estamos incrivelmente honrados”, afirma o CEO da Muma, Matheus Ximenes Pinho. “Renovamos aqui, mais uma vez, nosso compromisso de seguir investindo em pesquisa, em novas abordagens, conceitos e designs, baseados em dados para oferecer aos nossos clientes produtos e experiências que realmente fazem a diferença”, completa.
Premiação global com mais de 20 anos de história que elege anualmente as melhores lojas do setor de artigos para casa, decoração e utilidades domésticas no mundo, o Prêmio GIA é organizado desde 2018 em São Paulo pela associação ABCasa, e globalmente pela IHA (International Housewares Association), entidade norte-americana criadora do prêmio.
Nove anos de história
A Muma nasceu nos fundos de um coworking no Recife, em maio de 2014, pelas mãos do premiado arquiteto Matheus Ximenes Pinho e sua inquietação sobre como o mobiliário era vendido na capital pernambucana. Com passagem por escritórios nacionais e internacionais de arquitetura, como Carlos Augusto Lira, Fátima Ximenes e Juliano Dubeux Arquitetos, e internacionais como David Morley Architects, em Londres, Matheus carregou a ideia, então visionária para um mercado estabelecido no tradicionalismo, de que o online era o caminho mais curto e barato entre clientes e móveis e peças de design, ele precisou convencer um batalhão de fabricantes e fornecedores que o modelo de negócios digital seria bem sucedido.
“Só era possível encontrar peças de design, muito caras, voltadas para um público AA, em lojas tradicionais. Eu mesmo trabalhava em escritório de arquitetura para o mercado de luxo, mas mesmo esses clientes optavam por viajar para comprar as peças fora do Brasil. Era um movimento que me incomodava porque eu estava na quinta maior cidade do país, com muitos designers e artistas produzindo peças incríveis. Alguma coisa não estava certa. Então decidi criar uma Muma para remodelar a forma como o mobiliário era vendido no Brasil”, explica.
Matheus definiu então que o diferencial da Muma seria criar uma experiência de compra em que se estabeleça vínculo entre os clientes e os designers. A premissa mantém-se até hoje, onde cada um dos parceiros tem uma página própria de apresentação dentro do portal da Muma.
Com apenas um mês de vida, a MUMA foi incubada no Parque de Tecnologia de Recife (Porto Digital) e passou dois anos recebendo os mais variados tipos de mentoria. Também participou de um processo da Endeavor e foi selecionada como “Empresas Promessas”. Também foi selecionada pela 500 Startups, uma das principais incubadoras de São Francisco, pelo programa da APEX – Brazil Innovators.
Três anos depois, perceberam a importância de um espaço físico onde o cliente pudesse ter a experiência de sentir pessoalmente a qualidade e detalhes do trabalho que era vendido no site. Então em 2017 abriram duas lojas, nos seus dois maiores mercados: Recife e São Paulo.
Ao longo dos nove anos, a Muma não apenas estabeleceu como reforçou ainda mais seu pilar de sustentabilidade, priorizando madeiras provenientes de reflorestamento, além da manutenção da produção sob demanda. “Partindo dos mesmo critérios que usamos para convidar artistas e designers a fazerem parte do nosso portfólio, demos as orientações ao time da Mombá Arquitetura, responsável pela reforma da nova guide shop”, explica Matheus. “Minimizar desperdícios ao máximo, usar todo material nacional possível, madeiras certificadas, dentre outros que são a base do que a gente acredita desde fundamos a Muma”, completa.