*Por Eduarda Tolentino
O mercado imobiliário tem boas expectativas, porque os consumidores devem se sentir mais seguros para a tomada de decisão de compra de imóveis de forma facilitada. Embora ainda haja desafios pelo caminho, para conquistar melhores resultados e impactar as vendas, o setor precisa seguir lado a lado às transformações e às novas previsões de mercado.
Expectativa de queda das taxas de juros
As taxas de juros desempenham um papel fundamental nas vendas do setor. Quando sobem, os juros cobrados nos financiamentos, por exemplo, ficam mais altos. No entanto, empresários do setor acreditam que o Banco Central iniciará um ciclo de redução, uma vez que a inflação está mais controlada. Definida em 13,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom), a taxa está nesse nível desde agosto do ano passado e é a maior desde janeiro de 2017.
Recentemente, o Relatório Focus, divulgado pelo BC, mostra que a expectativa de inflação para 2023 caiu de 6,03% para 5,8% após a Petrobras anunciar uma nova política de preços dos combustíveis com redução nos valores da gasolina e do diesel. Para o mercado financeiro, a estimativa é de que a Selic encerre em 12,5% ao ano. Para o fim de 2024, a expectativa é de que a taxa básica caia para 10% ao ano. Já para o fim de 2025 e de 2026, a previsão é de Selic em 9% ao ano e 8,75% ao ano, respectivamente.
Aumento de lançamentos
Após um primeiro semestre com poucos lançamentos, o segundo promete ser mais dinâmico. Embora não seja a realidade de todas, a tendência são as construtoras e incorporadoras se concentrem na conclusão de obras iniciadas no auge de 2021. Com essa demanda concluída, espera-se novos projetos de empreendimentos, mesmo sem certeza quanto à queda das taxas de juros.
Ferramentas tecnológicas miram personalização
Reuniões por teleconferência, visitas remotas e popularização das assinaturas digitais nos contratos imobiliários cresceram exponencialmente nos últimos tempos. Entretanto, a tecnologia no setor promete muito mais, principalmente quando o ponto-chave se refere à personalização.
Nesse sentido, as inovações se mostram realmente promissoras quando pensamos na incorporação da análise de dados (Big Data) e da inteligência artificial ao mercado imobiliário, associadas aos aplicativos e plataformas digitais de venda e locação, cada vez mais procurados. Essas ferramentas digitais permitem entender com muito mais profundidade o perfil, as necessidades e as preferências de cada consumidor. Além disso, também possibilitam categorizar imóveis com maior precisão, a partir de uma gama de critérios que contemplam cada aspecto de um empreendimento.
Corretores alinhados às inovações
Com as mudanças vividas nos processos e nos novos hábitos e preferências dos consumidores, o setor passa por transformações que atingem diretamente os profissionais da área. Estes precisam acompanhar os avanços para não ficarem para trás. Por isso, novamente, a palavra aqui é personalização. O consumidor procura corretores capazes de utilizar plenamente o potencial das ferramentas digitais para localizar opções ajustadas às necessidades de cada um, além de oferecerem um atendimento personalizado e consultivo.