Sibylle Muller, CEO da NeoAcqua, afirma que investir em propriedades sustentáveis pode trazer benefícios ambientais e financeiros
Com a crescente preocupação ambiental e escassez de insumos naturais, as pessoas têm direcionado sua atenção para escolhas habitacionais mais sustentáveis. Esse movimento tem causado um impacto considerável no mercado imobiliário, impulsionando uma busca por imóveis ecologicamente conscientes, capazes de reduzir o impacto ambiental. Neste sentido, buscam adotar práticas visando eficiência energética, gestão de recursos hídricos com introdução de sistemas de reuso e aproveitamento de águas de chuva e gestão de resíduos sólidos.
Segundo a NeoAcqua, companhia especialista e pioneira em economia verde a partir de projetos e instalações de sistemas de tratamento e reuso de água e esgoto, houve, nos últimos cinco anos, um aumento expressivo de 10% na entrega de estações de reuso de água cinza em domicílios e empreendimentos comerciais e 195% de tratamento de águas pluviais para reuso. Esses números representam uma tendência crescente na implementação desses sistemas nas propriedades, especialmente em São Paulo.
Sibylle Muller, CEO da NeoAcqua, explica que a escolha por um imóvel sustentável oferece vantagens notáveis para uma família, especialmente para quem busca permanecer por muitos anos na casa: “Um imóvel com reuso de água permite uma autonomia no abastecimento de itens essenciais (como, por exemplo, descarga de vasos sanitários) em ocasiões de falta de distribuição de água pela concessionária local como em situações de crise hídrica. Além disso, o proprietário terá vantagens econômicas, pois terá uma conta de água reduzida comparada às propriedades que não contemplam esta solução. Desta forma, mesmo que o custo do metro quadrado na aquisição do ambiente seja um pouco maior, o retorno é garantido em alguns meses”, explica.
As principais características que definem um imóvel sustentável, segundo Sibylle, incluem:
O reuso de água da chuva e águas cinzas (esgoto proveniente dos chuveiros e lavatórios);
Dispositivos redutores de consumo em torneiras, chuveiros e descargas;
Uso de placas solares para aquecimento de água;
Uso de placas fotovoltaicas para consumo de energia elétrica;
Projetos com conceitos de aproveitamento de luz solar e ventilação adequadas para redução do uso de sistemas de ar condicionado e consequente redução de consumo de energia elétrica;
Possibilidade de compostagem de resíduos orgânicos;
Separação adequada e correta destinação do lixo reciclável.
“A compra de imóveis que obtenham essas particularidades desempenha um papel crucial na transição para um futuro ecologicamente responsável. Se todos optarem por propriedades que priorizem a eficiência energética, o uso racional dos recursos naturais, inclusive de água, e a gestão responsável dos resíduos sólidos, estaremos coletivamente promovendo um ambiente mais saudável e sustentável para as gerações futuras”, finaliza Sibylle Muller.