Centro de Convenções: um centro de oportunidades

A carência de um aparelho com a importância do Centro de Convenções em Feira de Santana implica alguns transtornos para a cidade 

Foto: Sacada

Silma Araújo e Meiryelle Souza

Feiras nacionais e internacionais, simpósios, congressos são encontros que discutem os mais diversos temas com o objetivo de alargar as redes da produção e disseminação do conhecimento. Tais atividades são corriqueiras nos grandes centros urbanos e necessitam de infraestrutura adequada para atrair a indústria de eventos, que hoje faz parte do calendário das grandes cidades mundo afora.

Feira de Santana não estaria à margem dessa realidade a não ser, justamente, pela falta de um equipamento que ofereça as condições necessárias para que esses eventos aconteçam. Cidade com mais de 600 mil habitantes; detentora de um comércio e indústria pujantes; sede de universidades e faculdades importantes onde a produção científica pulsa e, por falta de esmero da própria terra, faz com que parte do produto dessas mentes brilhantes escoe para lugares que aprenderam a valorizar e incentivar essa riqueza.

A necessidade urgente do centro de convenções de Feira não se caracteriza apenas pela posse de um centro digno de reuniões para muitas pessoas. Trata-se de uma obra que certamente alavancará o turismo de negócios e outras áreas econômicas da cidade, colocando a cidade definitivamente no calendário dos grandes eventos.

Iniciado no último governo de Paulo Souto, em 2005, o projeto do centro de convenções de Feira está orçado em 14 milhões de reais e prevê a criação de um moderno complexo de negócios e lazer, com um grande teatro, com capacidade para 800 lugares, salas para exposições e palestras. O edifício de aproximadamente 3,5 mil m² terá dois pavimentos, com foyer, plateia, palco e banheiros. Além disso, contará com área externa com passeios, jardins e estacionamentos para carros e ônibus.

Os processos de parada e pequenas retomadas das obras ocorreram durante esses nove anos devido a diversos obstáculos, inclusive por conta de atualizações técnicas realizadas no projeto original. O que é uma grande perda para a cidade que aguarda por sua conclusão.

A carência de um aparelho da importância do Centro de Convenções implica alguns transtornos para a cidade, como ser obrigada a recorrer a espaços particulares quando da realização de eventos de grande porte. Carla Ongaratto, diretora da Ongaratto Eventos Empresariais, enfatiza que a necessidade de um aparelho adequado vai além da sua capacidade de lotação. “Muitas vezes tentamos adaptar um local para promover os eventos, justamente pelo fato de não termos um espaço ideal para realizá-los, o que penaliza os participantes e envolvidos na situação. Isso porque seria fundamental um local que, além de um espaço para muitas pessoas, tivesse um estacionamento com capacidade compatível e, sobretudo, contasse com segurança e comodidade para todos”, demonstra.

A revista Sacada torce para que o governo estadual conclua, de fato, a obra do centro de convenções de Feira de Santana, equipamento que muito contribuirá para alavancar ainda mais o desenvolvimento do município.

Matéria publicada na versão impressa da revista Sacada.

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