
Os postes de iluminação pública de Salvador, que ajudam na sensação de segurança e no tráfego de motoristas à noite, são desenvolvidos com tecnologia que reduz o impacto em caso de acidente, ajudando a preservar vidas. As estruturas são feitas de metal ou fibra de vidro, seguindo normas técnicas que garantem que elas se deformam de forma controlada em caso de colisão com veículos.
De acordo com o gerente de Manutenção de Iluminação Pública da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Dsip/Semop), Leonardo Pimentel, em caso de batida, os postes suportam uma determinada carga, se retorcendo e absorvendo parte do impacto, o que ajuda a proteger motoristas e ocupantes dos automóveis. Por mês são substituídos na cidade, em média, dois postes devido a colisões de trânsito.
“Na maioria das vezes, a substituição acontece por outros motivos, como o vandalismo, que é um fator que agrava bastante a situação. As ocorrências de acidentes envolvendo postes da Diretoria de Iluminação Pública são poucas, e os casos com vítimas são ainda mais raros”, destaca.
Custos – Cada poste custa, em média, entre R$10 mil e R$11 mil, a depender da quantidade de luminárias instaladas e do tamanho da estrutura. No caso de colisão, por exemplo, quando o condutor do veículo é identificado, o custo para a reposição do poste é cobrado por meio de um processo administrativo, feito em parceria com a Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador). A placa do veículo ajuda a identificar o condutor do automóvel. Já em ocorrência onde o motorista não é identificado, o prejuízo é da gestão municipal.
“Não temos registro de reincidência de um mesmo motorista se envolvendo em múltiplas colisões com postes. Quando ocorre o acidente, nossa equipe é acionada imediatamente para garantir a segurança no local, isolar a área e evitar riscos como choque elétrico ou queda de material. A substituição do equipamento é feita, sempre que possível, em até 24 horas”, explica Pimentel.
Resistência à corrosão – A Prefeitura de Salvador vem substituindo gradativamente os postes antigos por modelos mais modernos e seguros, que sobretudo sejam resistentes à corrosão, já que a cidade é litorânea e sofre com influência da maresia. Em áreas de maior fluxo de pessoas, como orla, praças públicas, campos e quadras esportivas, a prioridade tem sido instalar postes de fibra de vidro, que além de mais seguros, possuem maior durabilidade, por serem menos afetados pelo salitre.
“Tem um projeto em andamento que já está substituindo os postes por modelos de fibra, justamente porque a nossa cidade é litorânea, tem uma orla vasta e com muito salitre, o que reduz bastante a vida útil dos equipamentos. Então, sim, essa substituição faz parte de um projeto contínuo, e os novos postes estão sendo feitos com esse material mais resistente”, finalizou Pimentel.