A transição da arquitetura convencional para a sustentável ganha força com a chegada da Urbem em Santa Catarina, por meio de uma parceria exclusiva com a Morada Eco, núcleo de processos construtivos e materiais de baixo impacto ambiental. Evento realizado na última quarta-feira (24), firmou a união das marcas para o mercado da construção civil

A passagem de Yuri Villar por Florianópolis, nesta semana, anuncia transformações nos processos construtivos de escritórios de arquitetura e engenharia civil. O coordenador de Desenvolvimento de Mercado na Urbem, indústria brasileira de madeira engenheirada focada em sustentabilidade e industrialização, comandou uma palestra na última quarta-feira (24), sobre “O futuro é a madeira”, para profissionais do mercado, no auditório do Square SC.
O evento marca a chegada da Urbem em Santa Catarina, por meio de uma parceria exclusiva com a Morada Eco, um núcleo de processos construtivos e materiais de baixo impacto ambiental com sede em Florianópolis. Com atuação no Litoral, Norte, Vale e Serra catarinense, a loja passa a oferecer suporte técnico e soluções sustentáveis, tecnológicas e industrializadas à construção civil.

“Nos propomos a ser um lugar técnico que reúne os players do mercado, com produtos que envolvem os interiores até a parte estrutural de construção seca. Em parceria com a Urbem, completamos o nosso ciclo de articulação com toda a cadeia de relacionamento do mercado. Desde os escritórios, oferecendo treinamentos técnicos para mão de obra, a indústria e até o cliente final. Esse é o nosso principal objetivo para difundir uma cultura arquitetônica mais sustentável e alinhada às demandas do nosso tempo”, destaca Tatiana Fingerhut, à frente da Morada Eco.

A tecnologia da madeira engenheirada – também conhecida como mass timber – nasceu na Europa e América do Norte nas últimas décadas e chegou ao Brasil adaptada pelas mãos da Urbem, empresa fundada em 2021. As soluções buscam resolver os principais gargalos no campo de obras com rapidez devido à industrialização dos componentes, menos desperdício de materias e peso em comparação ao concreto – a madeira engenheirada pesa cerca de 1/5 do peso do concreto, mantendo desempenho estrutural -, diferenciação estética e valor de marca por espaços biofílicos e redução de emissão de carbono: a madeira é renovável e estoca carbono em vez de emitir.

“A novidade da tecnologia exige que arquitetos e engenheiros se adaptem ao pensar do projeto desde o início para explorar bem os benefícios. O que implica na necessidade de normatização e cultura construtiva mais atualizada e ajustes técnicos (usinagens, cortes, conexões) para garantir montagem eficiente. A Morada Eco, a partir de agora, atua como mediadora do negócio, enquanto a Urbem fornece toda a inteligência técnica, projeto executivo e fornecimento dos componentes. Em SC, essa parceria busca acelerar a difusão da madeira engenheirada e garantir qualidade de ponta a ponta”, explica Yuri.
Sobre a madeira engenheirada
A madeira utilizada é de Pinus de reflorestamento. A matéria-prima é tratada integralmente e classificada lamela por lamela, submetida a controle de qualidade rigoroso. Os processos incluem tratamento, colagem (no caso de CLT ou Glulam), usinagem para adequar à montagem e cortes precisos.
Na questão de sustentabilidade, a cada 1 m³ de madeira engenheirada pode absorver aproximadamente 0,7 toneladas de CO₂. A matéria-prima vem de florestas plantadas de Pinus, manejadas de forma sustentável e o rastreamento da madeira (cadeia de custódia) garante origem legal.