
Quando a arquiteta Andressa Venturini pensou os primeiros esboços do Living Sopro, aberto ao público na CASACOR Santa Catarina – Florianópolis 2025, as criações da artista e ceramista Mitushi se tornaram parte da história a ser contada. A partir de um encontro espontâneo, elas trocaram experiências e possibilidades de uma parceria profissional que pode ser vista de perto até o dia 9 de novembro no Ex-Parque Gráfico da NSC, na capital catarinense.
“Fui entendendo que os princípios que tenho para os meus trabalhos, ela também tem para seus projetos, como a leveza, uma pitada de perfeccionismo e uma estética mais minimalista e exclusiva, onde o ponto central é o convite a ter uma experiência diferente do habitual, calma, contemplativa e sensorial, com projetos que tocam o íntimo, o coração”, explica Mitushi.

A leveza e a elegância aplicadas no Living Sopro encontraram nas obras de Mitushi um sentido único de transformação daquele espaço em um momento contemplativo, de respiro. Nesta premiére dos novos lançamentos estão algumas peças da coleção Wabi Sabi, a primeira linha de objetos com as esferas e semi esferas onde a artista evolui para um caminho de experimentação com texturas naturais e formas orgânicas. E também as obras com novos formatos e novas peças, como o quadro com as esferas em tamanhos menores como uma brincadeira e uma extensão dos objetos.
“Essa nova série de obras e objetos nasceu em meio a processos internos que precisavam de cuidado e atenção. Todo o processo criativo vem dos meus mergulhos internos e do que busco para a minha vida, um estado mais meditativo e de presença”, comenta a ceramista.
Para Andressa, as obras reforçam o diálogo entre arte, arquitetura e afetividade proposto no Living Sopro, traduzindo visualmente o conceito de sonho e leveza que inspira todo o projeto.

E diante desta sintonia, Mitushi aponta que, tanto o ambiente como cada obra de arte foi criado e pensado para olhares atentos e presentes, que percebem e valorizam os detalhes, o toque, as texturas, o design e as curvas.
“Para além disso, percebo que a maior relação é o intuito e a intenção de tocar internamente as pessoas, onde tanto o ambiente como as obras se tornam um convite vivo à pausa, ao respiro, à contemplação. A vida passa a ser vivida com presença, de maneira mais meditativa, aproveitando e valorizando o estar presente, em um ambiente e com elementos que fazem sentido”, finaliza.
