Feira de Santana fecha o ano com saldo positivo na geração de empregos

A cidade apareceu como o 3º município que mais gerou empregos na Bahia, atrás apenas de Salvador e Camaçari

Foto: Sacada

por Louise Farias

De acordo com dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), através do Ministério do Trabalho e Emprego, o município de Feira de Santana gerou 1050 empregos entre admissões e demissões nos nove primeiros meses desse ano. Essas vagas foram distribuídas nos setores de extração mineral, indústria, serviços de utilidade pública, construção civil, comércio, serviços, administração pública e agropecuária.

O segmento que mais contratou foi o de serviços, com 2450 admissões, e o que apresentou saldo negativo foi o da indústria, com 1107 demissões. Apesar do balanço razoável, Feira de Santana apareceu como a 3ª cidade que mais gerou empregos na Bahia, atrás apenas de Salvador e Camaçari.

Marcelo Alexandrino, presidente da Associação Comercial e Empresarial de Feira de Santana, justi¬fica o baixo número de empregos gerados este ano na cidade. “De um modo geral, tivemos um pouco de recesso na economia nacional e isso naturalmente reflete em Feira de Santana. Em 2014, empresas abriram e fecharam, mas houve uma desaceleração desse processo e isso gera menos postos de trabalho do que a capacidade da cidade oferece”, salienta.

Apesar do resultado, Marcelo continua otimista em relação ao crescimento econômico de Feira de Santana. “O setor de serviços está em ascendência, inclusive nos últimos anos tem sido abertos muitos hotéis, bares e restaurantes no município. A cidade também dá um novo salto com a abertura de um outlet e do novo shopping. Com a abertura desses dois grandes empreendimentos, muitos empregos devem ser gerados”, observa.

Arlindo Amaral, diretor da Casa do Trabalhador de Feira de Santana, explica o saldo da geração de empregos na cidade. “O setor da construção civil fechou o ano com resultado negativo em função do período eleitoral. Muitas obras do programa Minha Casa Minha Vida estão paradas por conta do momento político e consecutivamente os trabalhadores foram afastados. Já a queda signi¬ficativa no setor industrial foi motivada pelo fechamento da fábrica Yazaki no mês de julho. No entanto, não podemos deixar de destacar a evolução no setor de serviços e comércio, nos dois semestres do ano”, afirma.

A Casa do Trabalhador funciona através da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do município e oferece cerca de 50 vagas por dia em diversas atividades. “A continuidade dos estudos e o aspecto comportamental são diferenciais durante um processo de seleção. Desde o mês de março, o órgão possui 300 vagas que não são preenchidas por falta de quali-ficação profissional, a exemplo de operador de telemarketing”, destaca Arlindo Amaral.

Segundo Alfredo Falcão, presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas, o país está numa perspectiva de crise em 2015. “Enfrentamos um aperto econômico e isso signi¬fica menos dinheiro em circulação e menos posto de trabalho em aberto. O cenário macroeconômico desenha um ano de2015 difícil, no qual deve haver mais demissões e menos jovens entrando no mercado de trabalho. No entanto avalio que em 2014 Feira de Santana se destacou em relação a outras cidade do estado, mantendo sua economia razoável e o comércio estável, o que colabora para a geração de mais empregos”, observa.

Matéria publicada na versão impressa da revista Sacada

Foto: divulgação

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