Matéria especial publicada na primeira edição impressa da revista Sacada.
Feira de Santana, 180 anos de progresso
Tudo começou com o surgimento de uma povoação em torno da Fazenda Sant’Anna dos Olhos D’Água, de propriedade de Domingos Barbosa de Araújo e Ana Brandoa. Nestas proximidades, nasceu uma feira livre onde as pessoas trocavam mercadorias. A Feira tornou-se pouso obrigatório de tropas e viajantes que vinham do alto sertão da Bahia e de outros estados em demanda do Porto de Cachoeira, à margem do Rio Paraguaçu. Recebeu título de cidade pela lei provincial número 1.320 e passou a ser chamada de Cidade Comercial de Feira de Santana. Em 18 de setembro de 1833, a cidade foi emancipada. Os decretos estaduais de números 7.455 e 7.479, de 23 de junho e 08 de agosto de 1931, respectivamente, simplificaram o nome para Feira. O nome da cidade sofreu mais uma modificação em 30 de novembro de 1938 (decreto estadual n° 11.089), sendo denominada Feira de Santana.
Santana dos Olhos D’Água, Cidade Comercial de Feira de Santana, Princesa do Sertão. Com o passar dos anos, Feira de Santana passou por inúmeras transformações até se tornar a segunda maior cidade do estado da Bahia, ocupando historicamente posição estratégica na região Nordeste e no estado.Importante eixo rodoviário do país, a cidade possui um entroncamento rodoviário interligado pelas BR’s 324, 116 e 101 e BA’s 052, 503 e 504, com acessos para as BR’s 242 e 110, interligando o Norte/Nordeste do país com as regiões Sul, Sudeste, Centro Oeste, além de Salvador ao interior, funcionando como um centro regional de passagem de pessoas e produtos.
Nestes 180 anos de existência, o cenário de uma cidade do interior dá espaço para o surgimento de uma metrópole que cresce e se desenvolve em todos os aspectos: educação; saúde; segurança; transporte; habitação; desenvolvimento econômico, social e urbano; entre outros. De acordo com Roberto Lima, economista, mestre em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Social, técnico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e professor universitário, Feira de Santana lidera uma meso/microrregião e isto se dá por uma questão histórica, cultural e principalmente pela sua localização geográfica. “Nestes últimos anos, a cidade tomou um impulso muito grande. Houve um crescimento considerável no comércio, um dos setores mais dinâmicos da economia local. O perfil das lojas de Feira mudou completamente, não é por acaso que a cidade tem filiais de grandes redes regionais, nacionais e até multinacionais, mudando mesmo o perfil do comércio varejista como também o atacadista. E com isso, os comerciantes tiveram que se adequar a esta nova realidade, a esta própria disputa de mercado”, avalia.
O setor comercial também acompanha o ritmo de crescimento de Feira. “A cidade se tornou um polo regional de serviços urbanos e isso colaborou com a instalação de algumas indústrias de médio e grande porte em solo feirense. Já podemos dizer que hoje a cidade é polo em educação superior – 16 faculdades presenciais que oferecem vários cursos, gerando em torno de 18 mil alunos matriculados; assistência médica sanitária pública – cinco hospitais regionais públicos que prestam assistência a toda população feirense e outros municípios que se deslocam para usufruir desses serviços; um dos maiores polos de hortifrutigranjeiros do interior do Brasil – atuando como regulador de preços, pois caminhões vêm de todas as partes do país para abastecer a cidade e a microrregião; e o Feiraguai que hoje não é mais um entreposto de produtos contrabandeados, visto que já existem empresários que são constituídos juridicamente e vendem com nota fiscal, atraindo pessoas do Norte/Nordeste do país que vêm comprar para revender. Hoje Feira de Santana é a 34ª maior cidade do país. Tudo isso mostra o poder, o dinamismo que essa cidade tem no decorrer da sua história”, pontua Roberto.
A área de saúde se consolida como um polo de serviços de qualidade prestados em Feira de Santana e região
Buscar os melhores serviços em saúde fora da cidade não tem sido mais uma realidade do povo feirense. A Princesa do Sertão, ao longo desses anos de desenvolvimento, tem se destacado quando o assunto é saúde. Feira de Santana tem sido alvo de investimentos em qualidade profissional e tecnologia de ponta.
Quando a cidade dava os primeiros passos no desenvolvimento comercial, com a implantação do Centro Industrial do Subaé (CIS), os habitantes de Feira de Santana contavam somente com os serviços particulares ou filantrópicos prestados pelo Hospital Dom Pedro de Alcântara (HDPA), pela Casa de Saúde Santana e Clínica Santa Cecília. Com a implantação do Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), a cidade conseguiu oferecer um melhor atendimento aos feirenses e aos municípios vizinhos. Segundo Zênia Maria Araújo Neves, médica ginecologista, ex-secretária municipal de Saúde e que já esteve à frente da diretoria geral do HGCA, a inauguração do hospital permitiu um ganho qualitativo e quantitativo de atendimento. “No começo de minha vida profissional, Feira estava iniciando a implantação do Centro Industrial do Subaé, mas a cidade não ofertava serviços de saúde para atender a essa demanda de pessoas que trabalhavam no polo. De serviços públicos, a gente não tinha muita coisa. Quando o Clériston Andrade foi fundado, ofertou mais leitos para a cidade, o que permitiu um maior atendimento às pessoas que o procuravam, inclusive de outros municípios”, disse.
Atualmente, o Hospital Clériston Andrade conta com mais de 300 leitos e atende a Feira de Santana e a mais 125 municípios vizinhos, e tem se destacado na qualidade dos serviços prestados, inclusive pela capacitação profissional oferecida pela residência médica. Recentemente, o HGCA firmou acordo com o Hospital Israelita Albert Einstein, no qual, através do serviço de Telemedicina, pretende qualificar ainda mais o atendimento. A novidade foi contada pelo atual diretor do hospital, José Carlos Pitangueira. “Estamos fazendo um convênio com o Hospital Albert Einstein, em São Paulo, para trazer o projeto de Telemedicina na Sala Vermelha e UTI do Hospital Clériston Andrade. Vamos fazer o atendimento ao vivo e com interação do Albert Einstein, o que proporcionará ao paciente o tratamento como se estivesse em São Paulo”, pontuou.
Além do atendimento oferecido pelo HGCA, Feira de Santana desponta também em qualidade nos atendimentos realizados pelas clínicas, maternidades e hospitais particulares e públicos. A cidade conta com o atendimento especializado em oncologia no HDPA. “Os serviços prestados em oncologia do HDPA dão muito orgulho para nós, porque oferta todas as necessidades do paciente com câncer e é um dos maiores serviços da Bahia, com a qualificação profissional que não deixa a desejar em nenhum grande serviço, tanto que já recebeu por mais de uma vez as congratulações do Instituto do Câncer, que fica entusiasmado com os resultados da oncologia da cidade, com a qualidade do serviço ofertado e estrutura física adequada”, avalia Zênia Araújo.
Feira de Santana também conta com o Hospital Geral da Criança (HEC), que presta atendimento voltado para especialidades pediátricas de média e alta complexidade e recentemente passou a oferecer tratamento oncológico.
O cenário do setor de saúde de Feira também é composto pelas chamadas policlínicas, implantadas na segunda gestão do atual prefeito José Ronaldo, com o objetivo de desafogar o fluxo de atendimento do Hospital Geral da cidade. “Dividimos a cidade em cinco áreas para facilitar a implantação das policlínicas. Mas isso não quer dizer que uma não possa atender às demandas das outras. Dividimos as policlínicas em pontos estratégicos, nos seguintes bairros: George Américo, Campo Limpo, Parque Ipê, Tomba, Feira X e Rua Nova”, relata a secretária municipal de saúde, Denise Mascarenhas.
Além das policlínicas, também foi implantado o Programa de Saúde da Família (PSF), composto por 82 unidades e 86 equipes. A cidade conta com 16 unidades básicas convencionais, compostas por pediatras, ginecologistas e clínicos gerais, que atendem consultas agendadas. Feira de Santana conta também com atendimento especializado de saúde, como é o caso dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS).
E como não existe desenvolvimento sem educação, a Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) tem papel relevante na construção de Feira de Santana como polo em desenvolvimento na saúde. A implantação dos cursos voltados para a área desempenhou um papel importante nessa caminhada: a qualificação profissional. “O cidadão deve mudar seus conceitos em relação à saúde. Precisa promovê- la, indo a palestras e participando das campanhas de vacinação. As pessoas têm que adquirir uma visão melhor sobre saúde, e este é o nosso objetivo: orientar a população para que tenham uma qualidade de vida saudável. Desenvolveremos um trabalhado de conscientização. Educação e saúde andam de mãos dadas”, enfatiza Denise.
O empresário Jolival Soares, proprietário do laboratório Análise, demonstra otimismo em relação ao setor de saúde em Feira de Santana. “Como empresário do segmento, fazemos coro com colegas e outros empresários de saúde, no sentido de tornar Feira de Santana um polo vigoroso de saúde e educação, a exemplo do que é a cidade de Ribeirão Preto, em São Paulo”. Ele faz um balanço do que já acontece em Feira neste sentido. “A cidade já tem uma excelente universidade estadual, a UEFS, e expressivas unidades de faculdades privadas com excelente nível educacional a exemplo da UNIFACS, FAN, FAT, FTC, UNEF, além de várias com aulas a distância. Destaco ainda a presença da FGV [Fundação Getúlio Vargas] em parceria com o excelente colégio Gênesis, trazendo vários MBAs acadêmicos e profissionais, que com certeza melhorarão e muito o nível dos gestores que de lá sairão. Não é demais lembrar que a UFRB [Universidade Federal do Recôncavo] está em processo de instalação de um campus avançado em Feira de Santana”, diz.
Foi apostando no avanço para o setor de saúde para Feira de Santana que Jolival Soares solidificou os serviços prestados por sua empresa. “Nos alegra ter contribuído de forma decisiva para que a análise clínica encontre-se no nível que se encontra hoje. Para tanto, fomos buscar no sul do país e no exterior o conhecimento e as tecnologias que alavancaram o nosso serviço e hoje nos orgulhamos de fazer um hemograma como se faz nos melhores laboratórios dos USA [Estados Unidos da América] e da Europa. Trabalhamos com os mesmos aparelhos e insumos importados que nos dão segurança nos resultados e satisfação dos médicos da cidade e região. Como empreendedor da área de saúde, já construímos 20 andares dedicados à boa medicina que se faz em nossa cidade e pretendemos fazer outro centro médico de excelência dentro dos próximos cinco anos, já temos terrenos adquiridos para esta finalidade”, diz o empresário que atua no segmento de análises clínicas há mais de 33 anos.
O segmento de Educação da cidade é outro polo que merece destaque pelo seu crescimento e desenvolvimento ao longo destes 180 anos
A velocidade de crescimento de Feira de Santana é admirável, e a área de educação tem acompanhado esse desenvolvimento de forma significativa. Hoje a cidade já conta com 14 faculdades particulares presenciais, de acordo com fonte do IBGE, e duas universidades públicas: estadual e federal; várias faculdades a distância, além de inúmeras escolas do ensino básico, fundamental e médio, público e particular, o que representa um polo regional em plena expansão.
A população feirense, bem como os municípios vizinhos encontram em Feira de Santana um aparato de instituições de ensino de qualidade. “Nós temos presenciado e até ficamos assustados com o crescimento da cidade. Quem tiver curiosidade de sair pelas ruas e bairros de Feira se surpreende com o crescimento que acontece a cada momento. É lógico que este crescimento tem um preço, porque nem sempre este desenvolvimento é acompanhado de condições melhores para a população nos serviços públicos, transportes, saúde e educação. Mas, de qualquer forma, significa dizer que a maior demanda por qualificações é a universidade, e eu acredito que a UFRB tem se comportado como parceira na vinda para Feira de Santana. Eu acredito que, no panorama educacional em que se encontra a Princesa do Sertão, existe espaço tanto para as instituições públicas quanto privadas, sem que haja nenhum tipo de travamento”, salienta José Carlos Barreto, reitor da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS).
Com 36 anos de existência, muito da história da UEFS tem raízes na Faculdade de Educação de Feira de Santana, na década de 70. “Ao longo destes anos, a universidade tem demonstrado um potencial de crescimento e enriquecimento muito grande. Eu entrei na UEFS em 1980 e posso dizer que, para quem viveu muitos anos aqui na universidade, é uma diferença muito grande porque representou um acerto de termos uma universidade estadual no interior do Estado. Acerto por vários motivos: primeiro porque sinalizou uma interiorização do ensino superior, quando tínhamos apenas a UFBA [Universidade Federal da Bahia] em Salvador; segundo porque esta interiorização deve ter contribuído para que novas experiências fossem feitas, já que logo após a criação da UEFS, tivemos a criação da UESB [Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia] com Campus em Jequié, Vitória da Conquista e Itapetinga, e logo depois a criação da UNEB [Universidade Estadual da Bahia], uma universidade multicampi, que tiveram um papel importantíssimo nessa interiorização do ensino superior público. Já mais próximo, teve a criação da UESC [Universidade Estadual de Santa Cruz] em Ilhéus. Esse panorama muda significativamente a relação do ensino superior no interior da Bahia como um todo”, revela o reitor.
Segundo José Carlos, neste cenário de interiorização do ensino superior, houve também a necessidade de ampliação das universidades federais para o interior, a prova disso é a instalação da UFRB em Feira de Santana. “A importância preliminar da UEFS está nesta possibilidade de que a formação de um nível superior pudesse ser deslocada da capital para o interior. Com relação especificamente a Feira de Santana, algumas pessoas falam com razão que a história da cidade é marcada pelo antes e depois da UEFS, tal a importância da universidade nessa região. Nós temos, ao longo deste tempo, alguma participação no desenvolvimento de Feira de Santana. Acredito que a criação da UEFS foi muito significativa para a cidade, porque ela não apenas forma as pessoas, ajuda também a mudar mentalidades”, acredita.
Uma cidade com uma universidade como a UEFS sem dúvida passa a conviver com novas possibilidades, novas ideias, é o que acredita José Carlos. “Isso é uma contribuição importantíssima, além da influência que a universidade tem no oferecimento de profissionais mais qualificados em diversas áreas. Hoje a universidade tem 29 cursos em diversas áreas de conhecimento.Além disso, a universidade se consolida também na pesquisa e na extensão”, avalia.
O reitor revela que administrar uma universidade do porte da UEFS é uma tarefa difícil, mas não impossível. “São muitas as demandas de uma comunidade universitária como essa, com oito mil alunos na graduação, mil alunos na pós-graduação, mestrado e doutorado, praticamente mil professores. Uma comunidade com mais de 12 mil pessoas, maior do que algumas cidades do interior, com um diferencial: comunidade extremamente esclarecida, reivindicatória, uma comunidade que conhece os seus direitos, que defende as suas propostas com muita clareza; requer uma administração capaz de entender esses diferentes condicionantes e trabalhar para que estas condições diferentes possam ser viabilizadas em prol do que possa acontecer de melhor para a universidade”, informa.
O reitor da UEFS relata sobre os novos cursos na universidade. “A universidade fez um esforço na ampliação de cursos recentemente e, certamente, novas possibilidades serão abertas para atender a algumas demandas de áreas como: comunicação, fisioterapia, algumas áreas da própria engenharia, como engenharia elétrica, entre outros”, revela. De acordo com José Carlos, o curso de medicina, implantado há 10 anos, também passará por ampliações. “Estamos trabalhando na ampliação do espaço para o curso, embora isso não resolva definitivamente os problemas do espaço, minimiza a situação.Remanejamos o funcionamento da clínica odontológica do CSU [Centro Social Urbano] para o campus da UEFS e já assinamos a ordem de serviços, em parceria com a Secretaria de Saúde do Estado, para implantar um ambulatório de saúde para o curso de medicina”, afirma o reitor, acrescentando que existe uma discussão para que o Clériston Andrade se transforme em um Hospital Universitário. “Num seminário feito pelo departamento de saúde, através do secretário de saúde, foi levantada a possibilidade do HGCA ser transformado num hospital universitário. A partir disso, criamos uma comissão para discutir o assunto, formada por representantes da UEFS e do Clériston para fazer estudos sobre a viabilidade da proposta”.
Assim como a UEFS, a Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC); Pitágoras; Faculdade Anísio Teixeira (FAT); FAN/UNEF (Faculdade Nobre/Unidade de Ensino Superior de Feira de Santana); UNIFACS [Universidade Salvador]; faculdades a distância; têm contribuído bastante para o desenvolvimento da educação na cidade. Para a diretora acadêmica da Faculdade Nobre, Célia Christina Silva, o fator educacional é muito relevante e decisivo no processo de crescimento e desenvolvimento, em qualquer sociedade. “A prova incontestável se apresenta nos resultados dos Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) recentemente divulgados, que demonstram que o fator que mais contribuiu para esse crescimento, nos últimos 10 anos em Feira de Santana foi justamente a educação”, avalia.
De acordo com Célia Christina, a qualidade de ensino e a credibilidade conquistada desde o início do Grupo Nobre, em 1978, além do aumento da demanda de alunos concluintes do nível médio e, especialmente as poucas opções de cursos superiores em Feira de Santana e região levaram à criação da Faculdade Nobre, que iniciou suas atividades em 2002 com o curso de Serviço Social. “A instituição, tendo a sociedade como princípio e referência, visualizou novas perspectivas de atendimento às demandas de formação superior do contexto no qual a faculdade está inserida ampliando de um para 11 ofertas de cursos de graduação ao longo desses 11 anos de funcionamento, de 50 para 900 vagas disponibilizadas anualmente, a FAN tem demonstrado um crescimento contínuo”, informa.
Em 2010, diante da experiência bem sucedida, o mantenedor, professor Jodilton Oliveira Souza, adquiriu mais uma unidade de ensino superior, a UNEF, estendendo sua experiência e de sua equipe para gerir este novo desafio. “Ao longo desses últimos três anos, FAN e UNEF, em intensa caminhada com gestão compartilhada, embora com integrantes próprios na composição de cada equipe, representam neste contexto essas duas unidades de ensino superior que vem alcançando os melhores indicadores de qualidade em avaliações externas e internas, como nas notas de Reconhecimento de Cursos, desempenho no ENADE [Exame Nacional de Desempenho de Estudantes], nos exames da OAB [Ordem dos Advogados do Brasil], no Recredenciamento Institucional, no Ranking Universitário Nacional”, pontua Célia.
Célia Christina relata que a FAN tem oferecido sua contribuição efetiva do ponto de vista do conhecimento e do saber. “A Faculdade Nobre procura refletir e incorporar as mais recentes teorizações e princípios técnicos e éticos determinantes na formação dos seus profissionais, oferecendo um ensino diferenciado pela qualificação e comprometimento de seus professores, pelo dedicado trabalho de todos os dirigentes, coordenadores, técnicos e alunos que se empenham na construção de um processo educativo de notoriedade e destaque”, salienta.
Feira de Santana se destaca também no ensino fundamental e médio. A exemplo disso, podemos citar o Centro de Educação Básica da Universidade Estadual de Feira de Santana e o colégio Helyos que se destacam pela qualidade do trabalho desenvolvido. O Centro de Educação Básica da UEFS, que funciona por meio de um convênio com a Prefeitura Municipal, obteve a maior nota no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB 2011) das escolas públicas municipais e estaduais de Feira de Santana em relação às séries iniciais do ensino fundamental. Criado para qualificar o ensino básico do país, o Ministério da Educação (MEC), numa escala de zero a 10, fixou a média 6.0 com o objetivo de que o país possa alcançá-la até 2021, meta superada pelo Centro de Educação Básica da UEFS que obteve a nota de 6.1.
O resultado do IDEB, divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP/MEC) e veiculado no site da Secretaria de Comunicação Social do Estado da Bahia em agosto do ano passado, mostrou que o Ensino Fundamental II – do 6º ao 9º ano, que corresponde à antiga 5ª à 8ª série – obteve a média 4,3 e ficou em 1º lugar entre as escolas da rede municipal de ensino e 4º lugar entre as escolas públicas que reúnem município e estado, atrás de três escolas estaduais – o Colégio da Polícia Militar Diva Portela, que alcançou média 5.4, o Colégio Rotary com 4.6 e a Escola da Obra Promocional de Santana com 4.5.
Atualmente, a Escola Básica da UEFS possui 206 alunos do Ensino Fundamental I que estudam dentro do campus da UEFS e 471 alunos do Ensino Fundamental II que frequentam a unidade, localizada no Centro Social Urbano (CSU), no bairro Cidade Nova. O acesso às vagas do Centro de Educação Básica é feito por sorteio público. Metade das vagas é destinada aos dependentes de servidores da UEFS e a outra à comunidade externa. A escola tem implantado um modelo de educação inclusiva e multidisciplinar. Existem alunos com necessidades especiais, como baixa visão, síndrome de Down, todos integrados às turmas sem distinção.
O Colégio Helyos tem sido uma das referências no que diz respeito ao ensino particular de Feira de Santana e obtido destaque nacional. “Entendemos que cada escola tem sua própria meta ou objetivo. Não existe escola boa ou ruim. Cada uma delas desenvolve sua proposta dentro de uma perspectiva adotada. Aqui no Helyos desenvolvemos um trabalho que se inicia desde a Educação Infantil e isso nos dá condição de perceber as potencialidades de nossos alunos e acompanhar seu crescimento, desenvolvendo um trabalho mais personalizado. Ao chegar ao Ensino Médio, o aluno agrega o que ele aprendeu na Educação Infantil e Ensino Fundamental, mais os conhecimentos necessários que o preparam para o vestibular, o ENEM e para a vida”, pondera Patrícia Moldes, coordenadora geral do Ensino Médio do Helyos.
De acordo com Patrícia, Feira tem crescido nos últimos 10 anos de forma substancial, não só na área da educação, mas no segmento imobiliário. “Estes dois polos hoje, tanto imobiliário quanto educacional, são vertentes do futuro para que Feira de Santana possa sobreviver na contemporaneidade, de modo que ela ainda é vista como uma cidade do interior, mas, em contrapartida, concentra e agrega ao estado tanto na área urbanística quanto na educacional bons resultados. Acredito que o nosso caminho é o trabalho. O colégio Helyos tem o propósito de continuar contribuindo para que a educação na cidade melhore cada vez mais e gostaríamos, sim, da companhia de outros colégios privados, mas também dos colégios públicos que têm bons profissionais, com boa formação, mas que por alguns fatores ainda não conseguem obter resultados tão expressivos quanto nós desejamos”, avalia.
Há 21 anos no mercado, o Colégio Helyos tem aproximadamente 700 alunos que vêm obtendo resultados expressivos em vestibulares. “Temos alunos em diversas faculdades do Brasil. Nós não fazemos um trabalho específico para o ENEM. Na realidade, o Exame Nacional de Ensino Médio acabou consolidando o nosso trabalho. E por isso temos obtido bons resultados no ENEM, o que nos dá, de certa forma, a certeza de que estamos trilhando um caminho acertado. Nós desenvolvemos atividades complementares como xadrez, aulas de música, ações sociais, aulas de fotografia, atividades esportivas, entre outras. É uma rotina com metas e projeto de vida definidos com o intuito de formar cidadãos conscientes. O aluno tem oportunidade de desenvolver atividades tanto intra quanto extracurriculares e atividades lúdicas, não menos importantes para a formação do indivíduo. Além disso, estamos implantando a escola em tempo integral e o bilinguismo, pois o aprendizado da língua inglesa é imprescindível na atualidade”, pondera Patrícia.