Projeto assinado pela arquiteta Ana Cristina Monteiro
O projeto deste apartamento, em uma área útil com cerca de 320 m², foi desenvolvido para proporcionar um ambiente aconchegante e leve, enfatizando a importância do conforto. “Pensei em uma arquitetura que privilegiasse o conforto, não só o físico, mas também o sensorial de iluminação, de texturas, usando muita madeira e tecidos macios”, explica Ana Cristina Monteiro, arquiteta responsável. A ideia era tirar proveito da vista deslumbrante da cidade de Feira de Santana, criando um espaço que promovesse mais aconchego.
A paleta de cores escolhida reflete essa leveza, com tons neutros e terrosos, além de um verde suave. Elementos de design brasileiro, como móveis projetados e detalhes em muxarabi, trazem um toque leve de elegância, mesclando tradição e modernidade. “Esse apartamento possui uma sofisticação discreta. A cor verde foi uma escolha intencional, para criar um ambiente que acalma o olhar”, acrescenta a arquiteta.
Um dos momentos mais surpreendentes do projeto ocorreu quando o cliente trouxe obras de arte de artistas mineiros, que, embora inesperadas, se integraram perfeitamente ao design do espaço. “Os quadros, com suas molduras barrocas, trouxeram uma delicadeza e uma potência linda, que completaram o ambiente, como se tivessem sido feitos para ele”, lembra. As esculturas de pedra que o cliente também trouxe foram valorizadas, com um banco de acrílico projetado para destacar essas peças.
A iluminação foi planejada para oferecer versatilidade, com diferentes intensidades que se adaptam a diversos momentos, desde encontros familiares até festas. “Usamos uma iluminação que oferece umas quatro formas de iluminar o apartamento, a depender do momento”, explica.
Importante ressaltar que todos os materiais foram mantidos como entregues pela construtora, evitando desperdícios e respeitando a integridade do projeto. “A ideia era que fosse uma obra rápida, sem muitos custos, aproveitando o máximo que a construtora entregou”, afirma. A escolha de não quebrar paredes ou modificar os elementos entregues fez parte do conceito deste projeto.
O resultado é um apartamento que, embora contemporâneo, possui uma atemporalidade, que o torna sempre relevante, refletindo a busca pelo conforto visual e sensorial. “Não é um apartamento de época, nem de moda; ele poderia estar lá nos anos 50, poderia estar nos anos 70, mas ele está nos anos 2020. Então é algo que não cessa nunca; é a busca do conforto visual e do conforto sensorial”, conclui a arquiteta.