Pedro Coimbra assina espaços impactantes que aliam conceito, estética e propósito para marcas como Animale, Roca e Granipex
Combinando arquitetura, design e narrativa, a Arquitetura Artística tem ganhado protagonismo em eventos, exposições e feiras corporativas. Mais do que montar cenários, a proposta é criar experiências imersivas e sensoriais que traduzem o DNA das marcas e envolvem o público de forma emocional e memorável.
Esse movimento reflete uma mudança de paradigma no mercado: os espaços temporários deixam de ser apenas funcionais para se tornarem extensões simbólicas da identidade de quem os assina — e de quem os vive. É nesse contexto que se destaca o trabalho do arquiteto Pedro Coimbra, à frente do escritório Pedro Coimbra Arquitetura, que tem chamado atenção com projetos autorais e sofisticados, onde arquitetura e emoção caminham lado a lado.
Com uma trajetória que cruza fronteiras criativas e geográficas, o arquiteto aposta na Arquitetura Artística como ferramenta de conexão e diferenciação, reposicionando os ambientes efêmeros como ativos estratégicos de marca. “Quando bem pensada, a arquitetura tem o poder de emocionar, contar histórias e tornar um produto inesquecível”, afirma.
Moda, arte e natureza no desfile da Animale
Um exemplo emblemático dessa abordagem foi o projeto do evento de lançamento da coleção Urban Flora, da Animale, com uma concepção que uniu moda, gastronomia e performance artística. Realizado no rooftop do edifício assinado por Ruy Ohtake, em São Paulo, o desfile foi concebido como uma gastroperformance em parceria com a chef e artista Simone Mattar.
Inspirado na fusão entre o urbano e o orgânico, o espaço trazia elementos naturais em diálogo com o concreto, criando uma atmosfera poética e instigante. A mesa central, esculpida em formas que remetem a rochas e pedras, ganhou projeções vivas que transformavam o ambiente em uma instalação sensorial.
“A proposta era mostrar como a força e a delicadeza coexistem na mulher contemporânea, refletidas no contraste entre os elementos da natureza e da cidade”, explica Pedro Coimbra. A experiência foi intensificada por um jantar em cinco atos: Meteoro, Concreto, Poesia, Musgo e Flores, em que cada prato dialogava com os conceitos visuais e simbólicos da coleção.
Imersão mediterrânea para a Roca na Expo Revestir
Na Expo Revestir 2025, a multinacional Roca apostou em um espaço pavilhão de 1.000 m² assinado por Pedro Coimbra para apresentar o conceito “O Equilíbrio do Design Mediterrâneo”. O espaço se tornou uma verdadeira experiência sensorial, onde arquitetura, história e inovação se entrelaçam para evocar a essência da marca.
Arcos, texturas, luzes e elementos naturais foram articulados para transmitir a atmosfera mediterrânea com elegância e contemporaneidade. “A luz foi pensada como um elemento transformador, que conduz o olhar e convida ao toque. Cada detalhe tem a função de comunicar os valores da marca por meio da arquitetura”, explica o arquiteto.
Mais do que um espaço expositivo, o estande reforça a identidade da Roca como referência em design, tecnologia e sustentabilidade, mostrando como a Arquitetura Artística pode ser uma poderosa ferramenta de branding em eventos corporativos.
Granipex e a materialidade como obra de arte na Marmomac
Já na Marmomac 2025, Pedro Coimbra assinou o espaço da Granipex, trazendo um olhar artístico e sofisticado para a apresentação dos gnaisses e acabamentos em pedra natural. O projeto valorizou as possibilidades da indústria com uma cenografia cuidadosamente executada, em que as pedras se transformaram em mobiliário e elementos estruturais com apelo escultural.
Mesas, bancos, bar e revestimentos revelavam as nuances dos cortes e texturas, exibindo o potencial criativo da matéria-prima com uma linguagem contemporânea e ousada. “A proposta foi mostrar como a pedra pode ser muito mais que revestimento, ela pode ser arte, movimento, presença”, ressalta o arquiteto.
Tendência em ascensão: Arquitetura Artística como valor de marca
Cada vez mais empresas investem na criação de experiências arquitetônicas únicas como parte da sua estratégia de posicionamento, e a atuação de profissionais como Pedro Coimbra reforça essa tendência. Ao unir técnica, conceito e sensibilidade, a Arquitetura Artística se consolida como uma linguagem poderosa no universo dos negócios, capaz de traduzir propósitos e transformar encontros em memória afetiva.
Segundo a consultoria global Grand View Research, o mercado global de experiential marketing, que engloba ações imersivas, eventos sensoriais e ativações de marca, movimentou mais de US$ 84 bilhões em 2023, com projeção de crescimento contínuo de 6,6% ao ano até 2030.
No Brasil, dados da Ampro – Associação de Marketing Promocional apontam que o setor de live marketing movimenta anualmente mais de R$ 50 bilhões, sendo os eventos corporativos e feiras comerciais responsáveis por cerca de 60% desse volume. E cada vez mais, marcas têm direcionado investimentos para soluções arquitetônicas criativas e personalizadas como diferencial competitivo.
Além disso, uma pesquisa da Event Marketer revelou que 91% dos consumidores desenvolvem sentimentos mais positivos por marcas após participarem de experiências sensoriais marcantes, e 74% dizem que são mais propensos a comprar produtos ou serviços após um evento imersivo bem construído.
