Referência em arquitetura da felicidade: gaúcho, Guilherme Takeda, fala sobre paisagismo biofilico e sua relação com Salvador

O arquiteto referência em paisagismo biofílico no Brasil e idealizador do Congresso sobre Arquitetura da Felicidade, Guilherme Takeda, traz para Salvador sua expertise e criatividade em projetos inovadores e com alto valor de mercado. Em um bate-papo, o arquiteto premiado fala sobre seus projetos na cidade e também a relação do paisagismo biofílico com o mercado imobiliário atual e as expectativas da sociedade e relação aos espaços urbanos público e privado.

Guilherme Takeda. Foto: divulgação

Qual o principal objetivo do paisagismo biofilico?
A principal inspiração para o projeto paisagístico dentro da biofilia é sempre proporcionar uma experiência completa de lazer, integrada com elementos naturais para os usuários. Nosso objetivo é criar ambientes que envolvam as pessoas, de uma maneira que fiquem mais próximas dos elementos que remetem à natureza, mantendo bem-estar e conforto emocional.

Fala um pouco sobre as escolhas dos materiais para cada projeto. Quais plantas e elementos usadas?
A melhor opção é sempre fazer escolhas por plantas nativas e adaptadas à região, pensando na sustentabilidade e em causar o menor impacto ecológico possível com a vida endêmica local. A vegetação é selecionada com base em diversos critérios, como por exemplo as plantas escolhidas para o Lodge Caminho das Árvores, nosso projeto mais recente em Salvador. Como ele tem um olhar cuidadoso para a infância cuidamos para que as plantas dos espaços projetados para as crinacas e pet place não fossem tóxicas, garantindo que as crianças e os animais interajam com a natureza de forma segura. Outro fator importante é a escolha dos mobiliários, é.importante adquirir de fornecedores locais, contribuindo para a redução da emissão de carbono e promovendo a sustentabilidade de forma geral.

De que forma você busca integrar o paisagismo ao ambiente existente? Há alguma adaptação necessária para harmonizar os elementos?
O paisagismo biofísico é cuidadosamente planejado para se harmonizar com o ambiente do empreendimento e seu entorno. Dando ênfase à vegetação local, nativa e adaptada, trazendo a natureza da região para dentro do projeto.

Que dicas você daria para a manutenção desses espaços projetados ao longo do tempo? Há cuidados especiais que os empreendimentos devam ter?
Para manter o paisagismo ao longo do tempo, é importante seguir um cronograma de cuidados com a vegetação, conforme se dá o amadurecimento das plantas selecionadas para o projeto, e um monitoramento da saúde da vegetação, para a mesma estar sempre bela e exuberante. Quanto ao mobiliário, sempre selecionar fornecedores que possuem uma preocupação com a durabilidade e longevidade dos seus móveis, e que, se necessário, estarão de prontidão para qualquer manutenção necessária.

Queria saber mais também sobre Takeda. Renomado e requisitado em todo canto, porque escolher assinar projetos em Salvador?
Como falei meu último projeto aqui foi o Lodge, vi nele a oportunidade de desenvolver um projeto paisagístico focado na biofilia e na experiência do usuário. A cidade tem uma forte conexão com a natureza, o que combina perfeitamente com a filosofia de meu trabalho. Além disso, o projeto oferecia desafios interessantes, como integrar várias experiências para os moradores em um único espaço, algo que me motivou a trazer toda a expertise acumulada ao longo dos anos.

Além do Lodge, estive à frente de outros projetos importantes em Salvador, como o Beach Class Rio Vermelho, o Horto Boulevard, Dumare, Lit 760, Rivê, Sublime Horto House e Beach Class Jaguaribe. Cada um desses projetos possui características únicas, e o Horto Boulevard, por exemplo, foi um marco no conceito de paisagismo biofílico aplicado em empreendimentos na cidade.

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