Especialista explica quais os aspectos funcionais da cirurgia de nariz que vão além da estética
De acordo com o professor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e otorrinolaringologista da Clínica Dolci em São Paulo, Dr. Eduardo Dolci, tratar a parte funcional do nariz, melhorando a qualidade de vida do paciente, sempre é o objetivo primordial do cirurgião quando realiza uma rinoplastia. Porém, cada caso tem suas particularidades únicas que precisam ser respeitadas.
“No caso de pacientes com quadro de sinusite crônica, quando o tratamento medicamentoso não é suficiente, a rinoplastia pode ser um bom recurso. A sinusite é uma inflamação das mucosas dos seios da face devido a incapacidade de drenar o líquido excedente da região. Na cirurgia, além de realizar essa drenagem, é possível ampliar o calibre das vias naturais, facilitando o processo de escoamento e impedindo novas incidências”, enfatizou.
Quando o assunto é a rinite, a rinoplastia pode ajudar a diminuir os sintomas, mas não trará cura do quadro, já que os casos são de origem alérgica e não anatômica. Quando o organismo tem contato com o agente que causa a alergia, os cornetos aumentam de tamanho dificultando a passagem do ar. É a famosa carne esponjosa, que pode vir acompanhada de inflamação – a rinite.
“Quando a rinoplastia é realizada em pacientes com rinite, o objetivo é diminuir o tamanho dos cornetos que sofreram essa hipertrofia. Assim, conseguimos facilitar a passagem do ar, o que diminui a sensação de nariz entupido, a dificuldade de respirar para dormir e os outros sintomas, como secreção e roncos”.
Em ambos os casos, a verdade é que a intervenção cirúrgica pode ser uma boa alternativa para unir dois desejos: ter um nariz mais bonito e melhorar a qualidade respiratória. Mas, não existe a garantia de que ela possa curar a rinite e a sinusite. Afinal, muitas pessoas desenvolvem sensibilidades alérgicas ao longo da vida, o que pode evoluir para doenças crônicas.
A melhor conduta, então, é manter um acompanhamento com especialista mesmo depois de estar livre dos sintomas mais graves por conta do procedimento cirúrgico. Isso irá prevenir novas crises, outras doenças e garantir o bem-estar respiratório do paciente durante o ano inteiro.
Sobre o especialista: Dr. Eduardo Landini Lutaif Dolci é sócio da Clínica Dolci Otorrinolaringologia e Cirurgia Estética Facial, em São Paulo; Professor Instrutor de Ensino do Departamento de Otorrinolaringologia da Santa Casa de São Paulo; Membro titular da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial; Membro eleito da Comissão de Residência e Treinamento da Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial; Membro titular da Academia Brasileira de Cirurgia Plástica da Face. Saiba mais: www.facebook.com/clinicadolci