
Com a chegada do período chuvoso, a população deve intensificar os cuidados para evitar a leptospirose – doença infecciosa causada pela bactéria Leptospira, transmitida principalmente pela urina do rato.
Em Feira de Santana, neste ano, já foram notificados 12 casos suspeitos, sendo dois confirmados. Em 2024, durante todo o ano, a Vigilância de Controle Epidemiológica registrou 16 casos com 4 confirmações.
A pessoa pode contrair a leptospirose em contato com água parada contaminada, esgotos e enchentes, além de lixos e entulhos, onde a bactéria pode sobreviver por muito tempo.
O contato com a água contaminada — seja por meio de ferimentos na pele ou pelas mucosas dos olhos e boca — aumenta o risco de infecção.
A enfermeira referência técnica da Secretaria Municipal de Saúde, Vânia Freitas, explica que os sintomas surgem geralmente entre 7 a 14 dias após a exposição e podem ser confundidos com uma gripe forte, incluindo febre alta, dor de cabeça, dores musculares (principalmente nas pernas), calafrios e vômitos.
“Nos casos graves, podem ocorrer icterícia, hemorragias e comprometimento do fígado e dos rins, com risco de óbito se não houver tratamento rápido”, afirma.
Ela destaca que as unidades da rede municipal estão preparadas para atender esse paciente, iniciando o tratamento o quanto antes para evitar que a doença evolua para quadros mais sérios.
“Quanto mais cedo o paciente procurar ajuda, maior a chance de recuperação sem complicações”, acrescenta recomendado as pessoas a evitar contato com água de esgotos, usar botas e luvas em locais de risco, além de manter a casa limpa e livre de lixo e entulhos que possam atrair ratos.
“O trabalho da Vigilância Epidemiológica em conjunto com a Atenção Básica e a Vigilância Ambiental, é essencial para monitorar e investigar ocorrências, orientar a população e adotar medidas de controle, prevenindo surtos e protegendo a saúde de toda a população”, pontua a referência técnica da Viep.