A gravidez é uma fase que gera muitas dúvidas entre as mulheres, principalmente sobre a alimentação, o que é recomendado comer e o que deve ser evitado. Para sanar esses questionamentos, a nutricionista da Secretaria Municipal de Saúde, Jossemi Soares, traz algumas orientações.
Segundo a especialista, é no início da gestação, nos três primeiros meses, que devem começar os cuidados, pois as mudanças ocorridas no corpo da mãe serão refletidas no desenvolvimento do bebê.
Uma alimentação saudável pode diminuir alguns desconfortos comuns na gestação como constipação intestinal, enjoos, náuseas e vômitos. Assim como, prevenir a anemia, a desnutrição e o risco do nascimento de bebês prematuros, de baixo peso ou com outras deficiências.
A nutricionista destaca que entre as vitaminas que trazem benefícios para o corpo da mulher neste período, a principal é o ácido fólico. Pois, ao ser ingerida na dosagem ideal direcionada pelo obstetra, reduz os riscos de deficiências do tubo neural do bebê, ou seja, na má formação do cérebro e na coluna vertebral da criança.
“Além do ácido fólico, alimentos ricos em cálcio, vitamina B 12, zinco, ômega 3 e vitamina D, presentes no couve, brócolis, cenoura, frutas, legumes, feijões, cereais e grãos integrais, derivados de leite e nozes também são indicados para esta fase”, enfatizou.
A nutricionista ressalta que alimentos muito gordurosos, cheios de açúcar ou sódio devem ser evitados, porque podem contribuir no aparecimento de doenças como diabetes, hipertensão, cardiopatia e obesidade que colocam tanto a mãe quanto o bebê em risco.
“Para afastar a possibilidade de contaminação que tem potencial risco de gerar má formação do feto e até aborto, o consumo de carnes, ovos, peixes e crustáceos crus; leite e queijo não pasteurizados; alcool; e vegetais crus que não foram corretamente higienizados não são indicados”, alertou Jossemi.
Apesar da crença popular que a ingestão de café faz mal, a nutricionista relata que a bebida não traz danos ao bebê, desde que seja restrita a uma média de 200 ml ao dia. Ela expõe que a recomendação é feita por conta da cafeína. Desse modo, a limitação também é estendida para refrigerantes de cola e chás escuros que possuem o composto.
“Existe uma possível relação entre a cafeína e o aumento das chances de aborto espontâneo. Mesmo que as pesquisas ainda não sejam conclusivas, vale a pena manter a margem de segurança no consumo. Quem não consegue abrir mão, deve optar pela versão descafeinada”, sugeriu.