Os dados apresentados pelo CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) mostram que foram geradas 148.630 vagas formais no país, entre janeiro e maio
A construção civil foi o setor que mais gerou empregos no Brasil nos primeiros meses de 2023. Os dados apresentados pelo CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) mostram que foram geradas 148.630 vagas formais no país, entre janeiro e maio. No Nordeste, a Bahia lidera o número de empregos com carteira assinada do setor. Foram 4.418 vagas, o que representa 23,88% do número total de vagas na região. Na sequência, aparecem os estados do Rio Grande do Norte, com 3.032 empregos, e o Ceará, com 2.159 empregos formais.
Quando analisado o salário médio de admissão, a construção civil também está acima do conjunto de setores da economia, com salário médio de R$ 2.147,88, contra R$ 2.015,58 do geral. A escolaridade de contratação que mais se destaca do setor é de pessoas com nível médio, com faixa etária entre 18 a 29 anos.
Mais mulheres na construção civil
O número de mulheres contratadas na construção civil foi maior do que o número de homens entre janeiro e maio de 2023, com percentual de 60% de contratações femininas. Quando analisados todos os setores da economia, a construção civil também ficou acima do percentual geral de contratações de mulheres. Em 2018, o IBGE registrou cerca de 110 mil mulheres com empregos formais na construção civil, um aumento de 120% em um período de 10 anos. Em 2020, esse número saltou para 216 mil mulheres no setor, segundo o Painel da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), do Ministério do Trabalho.
Para Cláudio Cunha, presidente da Ademi-BA, esses números refletem a relevância do mercado imobiliário e da construção civil para o desenvolvimento social. “Transparência, confiabilidade e compromisso são pilares que dão ao nosso setor estabilidade, mesmo em cenários de retração. Apesar das mudanças políticas e das altas taxas de juros que marcaram o início do ano de 2023, o que leva a uma maior cautela por parte dos investidores, o mercado imobiliário vem consolidando suas bases e mostrando o seu lugar essencial na economia e na sociedade. Para este segundo semestre, nossa perspectiva é de crescimento”.