Matéria publicada na versão impressa da revista Sacada
por Silvana Ferraz
Nascido na cidade baiana de Ipecaetá, Edson Piaggio veio a Feira de Santana para trabalhar como balconista, depois como auxiliar de escritório num abatedouro que funcionava no mesmo terreno onde hoje está situado o Multiplace. Formado em Contabilidade e pós- graduado em Marketing e Finanças, Edson mudou-se para Salvador, retornando a Feira de Santana para dar um pontapé inicial para o crescimento e modernização da cidade com a criação do Iguatemi, maior shopping da cidade – hoje chamado Boulevard.
“Eu me considero um empreendedor. Eu sinto que tenho essa habilidade de fazer com que as coisas aconteçam”, afirma. Sócio da construtora e incorporadora EPP Empreendimentos, Piaggio relata que já atuava no segmento imobiliário em Salvador quando veio para Feira de Santana. “Eu atuava como incorporadora em Salvador e vim para Feira. Avaliei o mercado da cidade e vi que tinha possibilidades de crescer, então, resolvi trazer meu negócio para cá”, diz.
De acordo com ele, A EPP tem como estratégia para o seu desenvolvimento o estabelecimento de parcerias. “Não tem nenhum empreendimento nosso que tenha sido feito sem parcerias, mesmo tendo toda a estrutura, porque achamos que quem tem sócio tem patrão. E é melhor ter patrão, porque o patrão não faz aquilo que quer, faz aquilo que deve ser feito”, avalia. Responsável por trazer um Shopping para Feira de Santana, Edson Piaggio relata que no início não foi fácil, pois além de ter levado tempo para convencer seu sócio de que era possível construir um shopping na cidade, ainda tinha que enfrentar a falta de confiança e autoestima do feirense que não acreditava no projeto. “Eu fui buscar sócio no Rio de Janeiro, mas ele não acreditava que o projeto do shopping daria certo nesta cidade. As pesquisas de resultado não eram favoráveis, sem contar que a autoestima do feirense estava lá embaixo. Então, meu sócio questionava “como investir em um shopping numa cidade em que os próprios usuários não acreditam que vai dar certo?” E eu respondi a ele: vamos romper este círculo vicioso de que não vai dar certo porque não tem, ou não tem porque não vai dar certo. Eu não posso admitir que uma cidade de 400 mil habitantes (na época) não tenha um shopping. Logo depois dessa conversa, eu saí da Bahia, passei cinco anos em Belo Horizonte. Quando voltei, vi que o projeto não tinha saído do papel, então procurei o pessoal do Iguatemi no Rio e disse que precisávamos ressuscitar a ideia de construir um shopping nesta cidade.
Foram quase dois anos tentando convencer meu sócio, mas fui persistente e acabei convencendo-o a construir. E hoje é um sucesso na cidade”, conta. Piaggio revela que Feira de Santana terá um segundo shopping, e este será construído no Papagaio. “O shopping vai sair, só não posso dizer quando. O que posso garantir é que já temos o terreno e nele não será construído nenhum outro empreendimento no local que não seja o shopping”, enfatiza. Além do shopping, a EPP Empreendimentos pretende trazer um edifício residencial com o que há de mais moderno no país. “Quero trazer um dos melhores prédios residenciais do país inovado em três portes: segurança, automação e sustentabilidade. Já estamos desenvolvendo o projeto e já contratamos especialistas na área de acústica, segurança, automação, sustentabilidade e arquitetura, trabalhando em conjunto na realização do projeto. Garanto que será um projeto que terá tudo que há de mais moderno em termo de tecnologia predial. Eu também tenho o sonho de construir um Hospital de ponta em Feira de Santana”, afirma. Para Piaggio, o segredo do sucesso é estar sempre atento ao mercado e ser o primeiro a trazer a novidade para a cidade. “O mercado imobiliário não está vivendo um momento muito bom, porque as pessoas fi cam com a interrogação de se a inflação vai aumentar ou se não vai, não se sentem muito seguras para investir a longo prazo. Por isso é importante fi car atento ao mercado”, observa.
Outros pontos fundamentais para ter sucesso na vida, segundo o empresário, é gostar do que faz e ser proativo. “Eu costumo sempre fazer a diferença entre um proativo e um reativo da seguinte forma: diante de qualquer problema, você tem possibilidades e dificuldades. A pessoa reativa identifica primeiramente as dificuldades. Quando ele olha as possibilidades já encara de forma negativa. Já a proativa não, a primeira coisa que ela olha são as possibilidades. Por isso, terminam realizando muito mais do que as reativas. Eu tenho um espírito empreendedor. Eu acredito nas coisas que eu faço”, enfatiza.