A empresa que se especializou na construção de unidades residenciais avulsas, localizadas fora de condomínios fechados
por Isis Moraes
Empresário do setor da construção civil, Joaquim Magalhães Filho começou a trabalhar na área ainda criança. Seguindo os passos do pai, de quem herdou o nome e o gosto pelo ofício de mestre de obras, aprendeu a marcar o gabarito das casas e a assentar pisos de madeira com apenas oito anos.
Esforçado e determinado, Joaquim Magalhães, além de ajudar o pai, vendia doces e picolés escondido da mãe, a doceira Rosa Maria de Magalhães. “Ele conta que era um problema chega em casa e explicar de onde tinha vindo aquele dinheiro. Minha avó sempre acabava descobrindo tudo”, diz Alain Magalhães, filho do empresário.
Segundo Alain, aos 12 anos, o pai começou a trabalhar como ajudante de eletricista, ofício que exerceu até os 16 anos. Posteriormente, começou a viajar como representante, até ser convocado pelo Exército. “Ele chegou a servir durante um ano. Quando voltou, a necessidade, mais uma vez, o afastou da área pela qual sempre foi apaixonado”, lembra, ressaltando que o pai chegou a exercer 15 outras profissões. “Ele nunca se adaptava. Estava sempre insatisfeito, porque queria fazer o que amava desde criança”, relata.
O sonho acalentado por Joaquim Magalhães, no entanto, só veio a se realizar em 2002, quando voltou a atuar no ramo imobiliário como corretor de imóveis. “Fazendo o que gostava, meu pai se sentiu em casa. Em pouco tempo, tornou-se um dos corretores mais conceituados de Feira de Santana. Após nove anos de batalha, ele finalmente ousou dar um passo mais largo: fundar a Predium Empreendimentos”, enfatiza Alain.
Com 19 anos à época, Alain Magalhães estudava Direito na Universidade Estadual de Feira de Santana, mas não hesitou em deixar tudo para trás para ajudar a concretizar o sonho do pai. “Quando ele me disse que iria fundar uma construtora e que precisaria de mim, não pensei duas vezes. Abri mão do curso e dos meus objetivos para lutar por esse sonho, que, até então, era só dele. Eu estava em um ramo oposto, não entendia nada de construção, mas não me importei com isso. Hoje, com 22 anos, já alcancei conquistas profissionais que a maioria das pessoas de meia idade nunca obteve. Estou muito feliz com o que faço e sou grato por tudo o que meu pai me ensinou”, ressalta.
A aceitação do mercado e o sucesso nos negócios estão alicerçados, de acordo com Alain, em uma história de muito trabalho e abnegação. “Começamos com o condomínio residencial Rosa Maria, cujo nome é uma homenagem à minha avó. Esse empreendimento, localizado em Feira de Santana, possui apenas 11 casas, porém todas de alto padrão. Caprichamos bastante, dando atenção aos mínimos detalhes. E, a partir de então, conseguimos atrelar o nome da Predium ao conceito de fino acabamento. Ainda estamos no início, é verdade. Três anos não são nada nessa área, mas estamos indo bem. As dificuldades do começo não impediram nosso crescimento. Hoje, a Predium é a nossa vida. Derramamos muito suor por ela”, afirma.
Gerenciada por Joaquim e Alain Magalhães, a Predium especializou-se na construção de unidades residenciais avulsas, localizadas fora de condomínios fechados. “Pegamos grandes áreas, loteamos e construímos como se fosse um quarteirão planejado”, explica Alain, salientando que cabe a ele a parte administrativa da empresa e ao pai a parte de fiscalização das obras. “Ele gosta de estar no canteiro, instruindo os funcionários, aprovando ou condenando o serviço”, pontua.
Em Feira de Santana, além do Residencial Rosa Maria de Magalhães, a Predium construiu 44 casas no bairro Santa Mônica II e três duplex de luxo no Sim. A construtora também está erguendo dois quarteirões no bairro Conceição I, um com 15 e outro com 30 casas. “Também estamos começando a construir em Alagoinhas. Inicialmente, ergueremos um quarteirão com 30 casas”, comenta Alain Magalhães.
Mas a meta da Predium, segundo o empresário, é investir em projetos cada vez maiores e melhores. “Nosso desejo é continuar oferecendo um produto diferenciado. Entregamos nossas casas com pias de sobrepor instaladas sobre granito, porcelanato, box, ar-condicionado e chuveiro elétrico. Fazemos questão de trabalhar apenas com marcas conceituadas, a exemplo da Tigre, Coral, Portobello, Deca e Fani. Não visamos altas margens de lucro, e sim a qualidade. Por isso acredito que somos a grande promessa desse ramo, na cidade e região, para os próximos dez anos”, vislumbra.
Matéria publicada na versão impressa da revista Sacada