Artigo: Feira de Santana

Matéria publicada na versão impressa da revista Sacada 

Foto: Armando Sampaio

por Armando Sampaio, empresário, ex-presidente da ACEFS – Associação Comercial e Empresarial de Feira de Santana

Tenho a expectativa de que Feira de Santana poderá impulsionar seu desenvolvimento significativamente nos próximos anos, se atendidas suas urgentes demandas. A cidade urge por melhor planejamento da ocupação do seu solo, o estabelecimento de gabaritos aceitáveis de edificação em toda a área urbana, o disciplinamento do comércio ambulante no centro comercial, o funcionamento pleno do seu aeroporto, a duplicação do anel de contorno, a instalação do polo de logística, a ampliação da área do CIS, a dinamização de um Convention & Bureau para captar eventos profissionais, o funcionamento de um Centro de Convenções e uma política municipal de incentivo e fomento de novos investimentos em vários setores da atividade produtiva.

Feira é, por tradição e favorecimento geográfico, uma cidade comercial embora possua plenas condições para instalação de novas unidades industriais. O setor de serviços tem grande potencial de crescimento para atender às necessidades de 600 mil habitantes do município e de outros à sua órbita, o que se estima num mercado de 3 milhões de pessoas. Aprimoramento, qualificação, modernidade são requisitos necessários ao desenvolvimento do setor.

Este mercado passa por mutações rápidas e é necessário que o empresariado e o governo estejam preparados para acompanhar o fluxo dos negócios, criando uma infraestrutura adequada e adaptável a este desenvolvimento. O trânsito na cidade está travado, os índices de violência são crescentes e assustadores, a educação precisa ampliar e melhorar a sua rede, a saúde passa por eternas dificuldades, o meio ambiente bastante degradado. As medidas saneadoras deste panorama precisam ser discutidas com maior participação da comunidade, para que não sejam dependentes apenas da vontade política do governo. Medidas eficientes precisam ser adotadas, preservando a possibilidade de ordenamento da cidade, mesmo quando elas aparentemente causem incômodo a algum setor envolvido.

Deve prevalecer o bem maior da comunidade, ajustando-se os eventuais conflitos de interesse, adotando-se pareceres profissionais competentes. A classe política que legisla para o dia a dia do município, deve dar menos importância a interesses eleitoreiros e comandar uma grande iniciativa de preparar a cidade para um futuro que garanta o seu planejado desenvolvimento e a substancial melhoria da nossa qualidade de vida. O novo governo municipal acena com estas possibilidades.

Às vezes encontra dificuldades políticas para fazer cumprir o mais recomendado. A classe empresarial e a comunidade consciente e esclarecida devem dar ao governo respaldo de opinião, para alicerçar a implantação de medidas eficientes e necessárias à modernidade da cidade. Entidades de classe devem tratar os assuntos de interesse comum do empresariado e da comunidade, procurando compatibilizá-los; interesses que podem ser diferentes, mas nunca conflitantes. Feira é uma cidade de pessoas trabalhadoras. Os nativos e os que aqui chegaram contribuem com o seu crescimento.

Os “feirenses” adotados de vários rincões do Norte e do Nordeste, parcela expressiva da população do município, aqui vieram para construir novas vidas. E Feira deve a eles uma parcela muito significativa do seu desenvolvimento. Minha expectativa é de que, irmanados em objetivos comuns, conscientes para reivindicar iniciativas adequadas e dispostos ao trabalho e possível sacrifício presente em qualquer trajetória, está próximo um futuro que contemplará a todos com segurança, conforto e bem estar. Porque nosso compromisso maior é com o futuro!

Leia também

Em destaque