Em evento, Liège Correia, diretora de Sustentabilidade da Companhia, reafirmou a necessidade de fomentar parcerias para enfrentar desafios ambientais

Os desafios ambientais da Amazônia passam por soluções colaborativas, com projetos e modelos de produção que devem ser apresentados ao mundo. “É importante buscarmos os pontos de convergência que temos enquanto empresas e pessoas que vivem e tiram o seu sustento do bioma. Precisamos mostrar o que país tem a oferecer: o Brasil faz parte da solução climática de forma afirmativa e definitiva”, afirmou Liège Vergili Correia, diretora de Sustentabilidade da JBS Brasil, durante o seminário COP30 Amazônia, na quinta-feira (3) em Belém (PA), que receberá a principal reunião global do clima neste ano.
Durante o painel “O papel da iniciativa privada para fomentar a inovação na Amazônia”, Correia também ressaltou a importância do desenvolvimento da bioeconomia. Ela falou, ainda, sobre a importância da COP30 como plataforma para apresentar as soluções desenvolvidas no país. “No Brasil, temos pastagens extremamente produtivas, agroflorestas e modelos de bioeconomia que têm gerado resultados concretos. Podemos compartilhar os cases de sucesso que não só funcionaram, mas que são extremamente escaláveis e estão sendo aplicados”, disse
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Sobre os desafios da pecuária na região, a diretora falou sobre os três cenários possíveis para as empresas: abandonar o bioma Amazônia – para fugir do risco de comprar animais provenientes do desmatamento ilegal, mas prejudicando o desenvolvimento da economia local -, atuar na ilegalidade ou buscar parcerias com outras empresas, poder público e sociedade civil para a regularização das propriedades e requalificação comercial dos produtores.
A JBS, explicou a executiva, optou pela terceira via, investindo na inclusão de produtores rurais, apoiando a regularização ambiental das fazendas e oferecendo assistência técnica aos produtores. “Na JBS, temos os Escritórios Verdes, que contam com 20 escritórios físicos. Esse programa atende, de forma gratuita, produtores rurais de todo o país, oferecendo suporte na regularização e orientações para práticas sustentáveis no campo”, afirma.
Durante o painel, a diretora da JBS relatou também a abordagem para o desenvolvimento das comunidades amazônicas. Nesse contexto, o Fundo JBS pela Amazônia foi destacado como exemplo sobre a contribuição da iniciativa privada para a economia na região. “O Fundo tem financiado iniciativas inovadoras. Buscamos, com as comunidades locais e cooperativas, testar e desenvolver modelos de negócios viáveis, promovendo a bioeconomia e o fortalecimento das cadeias produtivas”, ressaltou.
O Fundo já apoiou mais de 20 projetos, beneficiando diretamente mais de 6.500 famílias e conservando 1,9 milhão de hectares de floresta. Além disso, atuou pelo desbloqueio de R$ 2,2 milhões em crédito para negócios de bioeconomia.
Sobre a JBS
A JBS é uma das maiores empresas de alimentos do mundo. Com uma plataforma diversificada por tipos de produtos (aves, suínos, bovinos e ovinos, além de plant-based), a Companhia conta com mais de 280 mil colaboradores, em unidades de produção e escritórios em países como Brasil, EUA, Canadá, Reino Unido, Austrália, China, entre outros. No Brasil, a JBS é uma das maiores empregadoras do país, com 158 mil colaboradores. No mundo todo, a JBS oferece um amplo portfólio de marcas reconhecidas pela excelência e inovação: Friboi, Seara, Swift, Pilgrim’s Pride, Moy Park, Primo, Just Bare, entre muitas outras, que chegam todos os dias às mesas de consumidores em 180 países. A empresa investe em negócios correlacionados, como couros, biodiesel, colágeno, higiene pessoal e limpeza, envoltórios naturais, soluções em gestão de resíduos sólidos, reciclagem e transportes, com foco na economia circular. A JBS conduz suas operações priorizando a alta qualidade e a segurança dos alimentos e adota as melhores práticas de sustentabilidade e bem-estar animal em toda sua cadeia de valor, com o propósito de alimentar pessoas ao redor do mundo de maneira cada vez mais sustentável.