Comparando com 2022, em que tivemos desaceleração do faturamento anual do mercado, é preciso que o lojista esteja atento às principais tendências para este e os próximos anos
Quem nunca comprou pela internet? Seja uma compra de menor valor ou algo mais caro, é difícil encontrar quem jamais tenha adicionado compras a um carrinho virtual. No universo digital, players gigantes têm diariamente milhões de acessos e movimentam enormes quantidades de dinheiro em vendas.
Por outro lado, pequenos empreendedores também podem oferecer seus produtos nesses marketplaces ou em locais de venda, o que ajuda a movimentar a economia do país em diferentes níveis.
Para este ano, a expectativa é de que o mercado de e-commerce continue a crescer. Comparando com 2022, em que tivemos muitas incertezas e, novamente, alterações no comportamento do consumidor, causando desaceleração do faturamento anual do mercado, é preciso que o lojista esteja atento às principais tendências para este e os próximos anos.
E para chegar lá, percebemos tendências bem-organizadas no segmento. São elas:
1 – Melhoria na logística
Talvez a maior mudança nos últimos anos tenha sido a crença maior nas compras on-line, com maior confiabilidade e sucesso também. Especialmente devido à pandemia da Covid-19, quando os consumidores não podiam sair de casa para comprar seus produtos, acontece que isso gerou a necessidade de entregas mais rápidas.
Com a volta total das lojas, essa necessidade fica ainda mais evidente, já que o consumidor pode ir às lojas físicas adquirir o item e já tê-lo em mãos. Afinal, comprar sempre gera uma ansiedade natural, e o consumidor mais ansioso demanda processos logísticos mais ágeis.
Assim, é necessário melhorar seus processos e desempenhar os fenômenos chamados “same day” e “same hour”, buscando entregar no mesmo dia ou até na mesma hora, após a conclusão da compra. Isso também impacta os marketplaces, que valorizam vendedores parceiros que entregam no prazo e o quanto antes para o consumidor final.
2 – Variabilidade no número de canais
“Omnicanalidade”, ou variabilidade de canais como aplicativos, sites, televendas, WhatsApp, está mais e mais presente no dia a dia do consumidor, com formas diferentes de efetuar compras, por exemplo: ele pode comprar pelo site e retirar na loja, assim como pode ver o produto antes no ambiente físico e finalizar a compra no ambiente digital. Para que a venda seja concluída, é preciso ter todos os canais alinhados e integrados para não haver erros de comunicação.
3 – Estratégias de divulgação
Estudos comprovam como os visitantes estão cada vez mais propensos a pesquisar produtos diretamente nos mecanismos de busca do marketplace, portanto, aqueles que não investem em anúncios pagos, acabam perdendo visibilidade e conversões. Por isso, estratégias ads mais presentes são o básico para os sellers: utilizar mídia paga já se torna algo essencial para vendedores que desejam alcançar mais público, porém o ponto alto é utilizar as plataformas de publicidade paga dos próprios marketplaces em que o vendedor está inserido.
Outra forma são os produtos “tiktokables” e a viralização de conteúdo. O TikTok e os conteúdos em vídeos mais curtos são, atualmente, um dos pontos de maior destaque na internet. Os empreendedores precisam utilizar esse potencial para divulgar seus produtos de maneira criativa para ter a possibilidade de viralizar e atingir uma maior parcela de público.
4 – Melhor idade com acessibilidade digital
Já foi o tempo em que as compras on-line eram dominadas pelo público mais jovem. Com a pandemia, pessoas +50 sentiram-se mais confiantes para realizar seus pedidos, e os lojistas precisam entender o comportamento da categoria e adaptar suas comunicações para não perder essa importante parcela de potenciais clientes.
Ter conhecimento sobre tendências e estudos transforma o seller em estrategista para estar à frente do seu concorrente. O que se torna necessário, já que o e-commerce vem fazendo crescer o número de empreendedores, que, igualmente, desejam crescer.
* Por Vitor Mateus Lima, CTO da Magis5