Empresário do setor de materiais para construção destaca que a captação de água da chuva surge como solução sustentável para enfrentar a escassez de água e garantir a preservação dos recursos hídricos no futuro
Com a intensificação das mudanças climáticas e a crescente escassez de água, as cisternas se estabelecem como uma das soluções mais eficazes para o uso consciente e sustentável desse recurso. A irregularidade das chuvas, somada ao aumento das temperaturas globais, tem levado a crises hídricas em diversas regiões do Brasil, tornando a captação e o armazenamento de água da chuva cada vez mais necessários, tanto em residências quanto em condomínios.
O aquecimento global tem causado oscilações no regime de chuvas, com períodos de seca prolongados seguidos por chuvas intensas e concentradas. Esse padrão aumenta a dificuldade de garantir um abastecimento constante, especialmente nas grandes cidades e em áreas que historicamente já sofrem com a falta d’água. As cisternas, ao armazenarem a água das chuvas para uso posterior, são uma resposta prática e sustentável para essa nova realidade.
Além de contribuir diretamente para a segurança hídrica, as cisternas também ajudam na economia de água em atividades não potáveis, como regar plantas, limpar áreas externas e lavar carros. Esse uso reduz a pressão sobre o abastecimento público, que, em muitos lugares, enfrenta dificuldades para atender à demanda em tempos de estiagem.
“A adoção de cisternas, tanto em condomínios quanto em casas, é uma forma prática de garantir que o recurso estará disponível, mesmo em momentos de crise. A combinação entre o uso de tecnologias sustentáveis, como as cisternas, e a adoção de práticas mais responsáveis no uso da água será fundamental para enfrentar os desafios hídricos que o futuro trará”, destaca Allan Bonucci, diretor da Copafer, que tem 51 anos de mercado, com duas megalojas, que atendem tanto o consumidor final quanto empresas e profissionais do setor de materiais para construção, localizadas em Santo André e Mauá, na região metropolitana de São Paulo.
De acordo com Bonucci, o Brasil enfrenta um futuro em que as crises de abastecimento de água se tornarão mais frequentes devido às mudanças climáticas. Embora o país detenha 12% da água doce do planeta, a má distribuição e o uso excessivo em várias regiões agravam a situação. Em áreas metropolitanas como São Paulo, que já viveu sérias crises de escassez, o uso de cisternas proporciona uma redução de até 40% no consumo de água fornecida pela rede pública, aliviando os sistemas e garantindo uma reserva em tempos de estiagem.
“Para garantir que o futuro seja menos impactado pela falta d’água, a consciência da população também é essencial. É fundamental que os indivíduos e as famílias adotem medidas de economia de água no dia a dia, evitando desperdícios e utilizando a água de forma racional. A conscientização é o primeiro passo. Não se trata apenas de investir em cisternas, mas de mudar hábitos e adotar um consumo mais consciente de água”, finaliza o empresário.