Programa Raízes da União plantou com o IPÊ 100 mil árvores em 2022 e plantará mais 100 mil árvores em 2023. A ação faz parte do programa Raízes da União, que tem como meta plantar 1 milhão de árvores entre Minas Gerais, Distrito Federal e São Paulo. Anúncio foi feito em evento onde estiveram presentes autoridades, executivos da farmacêutica e técnicos do Instituto de Pesquisas Ecológicas.
A União Química, uma das indústrias farmacêuticas do Brasil, anunciou o plantio de mais 100 mil mudas de árvores da Mata Atlântica na manhã da última sexta-feira (22), em Nazaré Paulista, na sede do IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas.
O evento contou com a presença das autoridades políticas Jonatas Trindade, subsecretário de Meio Ambiente do Estado de São Paulo; Ana Lucia Fonseca Rodrigues Szajubok, gerente de Departamento de Meio Ambiente e Mudanças Climáticas da Sabesp; e Antônio Luiz Lima de Queiroz, da Diretoria de Controle e Licenciamento da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB).
Além da presidente do IPÊ, Suzana Machado Pádua, participaram também os técnicos Andrea Pupo Bartazini, educadora ambiental e coordenadora do programa escolas climáticas; e Paulo Roberto Ferro, engenheiro florestal do IPÊ. Representando a União Química, estiveram presentes Fernando de Castro Marques, presidente da farmacêutica; Nirceu Tavares Mendes, diretor de ESG; e Silvana Santana, diretora de Marketing Institucional da companhia.
A ação faz parte do Programa Raízes da União, que tem como meta plantar 1 milhão de mudas de árvores entre Minas Gerais, Distrito Federal e São Paulo até 2027. O Programa foi iniciado em 2022 e, como parte das ações de sustentabilidade promovidas até o momento, já concluiu o plantio de 100 mil mudas em áreas de influência do sistema Cantareira, um dos maiores sistemas de abastecimento de água do mundo.
Com a renovação da parceria com o IPÊ, irá plantar ao total 200 mil mudas nessa região, que tem prioridade para ações de conservação da biodiversidade, recuperação e recomposição florestal, por conta da importância da região para a produção e armazenamento de água. Apenas em Áreas de Preservação Permanente hídricas o déficit no Sistema Cantareira é de 35 milhões de árvores.
Além disso, a companhia conclui também o plantio de 50 mil mudas de árvores em Brasília, e conta com ações de plantio em Minas Gerais, o que traduz um benefício tanto para a população, como proteção da biodiversidade e do clima, com aderência aos objetivos do desenvolvimento sustentável de ação contra a mudança global do clima e proteção da vida terrestre.
Ainda como parte do programa, a União Química tem investido esforços na educação ambiental, com capacitação de educadores de escolas públicas, incluindo a doação de materiais para as instituições participantes. Até o momento, já foram capacitados cerca de 2 mil educadores, com potencial de impacto de cerca de 30 mil alunos, em 5 cidades nas quais a empresa possui planta fabril. O objetivo é levar a temática para dentro da sala de aula e com ações que possam reverberar nas comunidades locais, além de nas próximas gerações.
De acordo com Nirceu Tavares Mendes, diretor da União Química, o compromisso da companhia com ações ESG tem impactado positivamente na restauração de ecossistemas degradados e na conservação da biodiversidade, esforço que contribui também para sequestro de carbono, melhorando não somente a qualidade do ar.
“Nosso objetivo em atuar nas margens da represa é também auxiliar na captação da água da chuva em um sistema que abastece 50% de toda a capital de São Paulo. Além disso, acreditamos que este seja um caminho que inspire outras empresas a seguirem a mesma jornada positiva por meio de iniciativas semelhantes, reverberando cada vez mais no meio ambiente e na vida da população”, observa.
Nirceu explica ainda que o plantio de mudas desempenha um papel fundamental nas estratégias de mitigação das mudanças climáticas e, o papel da União Química, ao promover o plantio de árvores e vegetação nativa, é contribuir diretamente para a redução dos níveis de dióxido de carbono na atmosfera. “O plantio também ajuda a preservar ecossistemas vitais e a proteger a biodiversidade, elementos essenciais para a estabilidade climática, contribuindo para um futuro sustentável e resiliente às mudanças climáticas”, conclui.
“Os esforços para conservação de áreas de produção e armazenamento de água, como é o caso do Sistema Cantareira, devem ser coletivos, reunindo governo, empresas e a sociedade civil. Temos um longo histórico na região, onde já restauramos áreas com mais de 500 mil árvores da Mata Atlântica e onde acompanhamos de perto, com nosso corpo técnico, a evolução dessas florestas. Com apoio de empresas como a União Química, conseguimos ir ampliando cada vez mais esse impacto positivo, buscando uma maior resiliência do sistema em quantidade e qualidade de água produzida”, afirma Andrea Peçanha, coordenadora da Unidade de Negócios do IPÊ.
Evento discutiu a coalizão entre os setores público, privado e sociedade civil
O subsecretário de Meio Ambiente, Jonatas Trindade, abriu a cerimônia destacando os avanços ESG no estado de São Paulo e a cobertura do projeto Raízes da União, que abrange uma área de mananciais com grande necessidade de proteção e importância no abastecimento da água para a cidade de São Paulo. Trindade defendeu que “a restauração florestal é uma das principais bandeiras da pasta. E a iniciativa da União Química se destaca pela relevância para o desenvolvimento sustentável do Estado de São Paulo, e também pela parceria com o IPÊ, uma instituição de grande seriedade e compromisso com o meio ambiente”.
Após abordar o futuro da água em São Paulo, Ana Lucia Fonseca Rodrigues Szajubok, gerente de Departamento de Meio Ambiente e Mudanças Climáticas da Sabesp, enalteceu a relevância das parcerias: “a importância de um projeto como esse que a União Química está desenvolvendo junto com o IPÊ é fundamental para a manutenção da qualidade e da quantidade dos recursos hídricos. Inúmeros serviços ambientais são advindos dessa iniciativa em prol da manutenção da biodiversidade e do desenvolvimento sustentável. Os recursos hídricos e a natureza agradecem”.
Já o representante da CETESB, Antônio Luiz Lima de Queiroz, reforçou que “projetos como esse da União Química vão ao encontro de um objetivo maior, que é melhorar a qualidade ambiental. A recuperação de mananciais ao redor da Cantareira é uma prioridade absoluta e, tanto as compensações derivadas do licenciamento, como as inciativas espontâneas de restauração serão sempre muito bem-vindas e contarão com o apoio da CETESB”.
Para o presidente da União Química, Fernando de Castro Marques, “é um dever da iniciativa privada abraçar essa causa. Não é à toa que o Raízes da União nasceu quando a União Química completou 85 anos e nós entendemos que a melhor forma de celebrar esta data era devolvendo à sociedade algo que realmente pudesse fazer a diferença na vida das pessoas. Acreditamos que a iniciativa privada tem que dar o exemplo, o que significa prover ao país tudo o que for possível em prol da melhoria da qualidade de vida e do meio ambiente”, defendeu o executivo ao falar do papel da indústria na agenda ESG.
A presidente do IPÊ, Suzana Machado Pádua, finalizou o debate com otimismo: “a renovação da nossa parceria com a União Química tem um significado muito forte. O IPÊ acredita que somente com a integração de todos os segmentos da nossa sociedade seremos capazes de promover de fato a conservação da biodiversidade. É preciso fortalecermos cada vez mais a união entre setor privado, Governo e a sociedade civil”, concluiu Pádua.
O encontro terminou com a realização de uma cerimônia simbólica para início do plantio das 100 mil mudas no Sistema Cantareira.