Atrelada aos avanços tecnológicos, a automação residencial surgiu para suprir essas e muitas outras necessidades do dia a dia
por Louise Farias
Foi-se o tempo em que era necessário usar o interruptor da parede para ligar ou desligar as luzes, ou utilizar o controle remoto para manusear equipamentos eletrônicos, e até mesmo esticar os braços para abrir cortinas ou portões. Atrelada aos avanços tecnológicos, a automação residencial surgiu para suprir essas e muitas outras necessidades do dia a dia, seja na iluminação, sonorização, climatização ou qualquer outro componente elétrico, que passam a ser comandados através de um simples toque no tablet ou até no smartphone. Em Feira de Santana, esse mercado tem se expandido e o número de pessoas interessadas no serviço é cada vez maior.
De acordo com Claudio Valverde, um dos sócios da Zafiro Automação, o sistema pode ser implantado nos imóveis em construção ou prontos. “A tendência é que a automação residencial passe a fazer parte do projeto arquitetônico das casas para oferecer mais praticidade às pessoas. No entanto, as tecnologias sem fio (wireless) permitem automatizar qualquer ambiente sem precisar quebrar paredes. Já fechamos negócio com o novo empreendimento Seletto, da Construtora Cepreng, onde todas as unidades foram preparadas para receber automação residencial. Além de ser um pioneirismo, essa iniciativa agrega um diferencial para o condomínio”.
Além de comodidade, a automação residencial também proporciona economia de energia elétrica, uma importante contribuição para a sustentabilidade. “É possível economizar até 40% de energia através do controle automático da luminosidade e da temperatura. Com o sistema, você só acende aquilo que precisa, na hora que precisa, tornando a sua casa inteligente”.
Outra empresa que se instalou em Feira de Santana para atender a essa demanda foi a AptHouse. Com matriz em Salvador, a empresa decidiu apostar na cidade após o sucesso do show room apresentado na Casa Cor. “Já tínhamos projetos concluídos aqui em Feira há mais de três anos e por isso enxergamos a necessidade de ter um ponto de apoio local. Apesar de não existir necessidade de manutenção, a automação residencial é algo dinâmico e precisa de suporte para atender ao cliente de imediato”, explica Weber dos Anjos, sócio da empresa.
É possível implantar um sistema de automação residencial em casas, prédios, apartamentos, escritórios, clínicas, teatros ou qualquer outro ambiente. O grande diferencial de um projeto de automação é a personalização, na qual é possível entender a necessidade de cada cliente. “Há quem prefira investir em iluminação, outros optam por áudio e vídeo para poder utilizar os equipamentos com mais facilidade. Muitas pessoas não sabem utilizar os eletrônicos, e com a automação é possível deixar de lado os controles remotos e fazer uma sequência de comandos com um só toque na tela de um dispositivo”, diz Weber.
É difícil não se interessar pelo tema após a demonstração da funcionalidade da automação residencial. Quem gosta de tecnologia dedica parte dos recursos na implantação do sistema, no entanto, muitas pessoas ainda enxergam a automação como uma novidade e acreditam que custa caro ter em casa, mas isso não é o que as empresas dizem. “A automação residencial está ao alcance de todos. Após fazer um orçamento, as pessoas costumam ter uma surpresa positiva. Com o tempo, os mais resistentes enxergarão o custo benefício do sistema. Até o ano de 2010, o tema era visto como um luxo, hoje o luxo se confunde com a praticidade do dia a dia”, destaca Weber.
Além de ter como diferencial a personalização de projetos, a automação residencial também presta um papel social, sendo um instrumento para a acessibilidade. “Em Salvador, um deficiente físico que se locomove em uma cadeira de rodas implantou o sistema de automação residencial no apartamento onde mora. Ele dependia dos pais para acender ou desligar a luz, a televisão, o ventilador e o computador. Agora ele consegue fazer tudo isso apenas com um toque na tela do computador. A automação mudou a vida dele, que voltou a fazer coisas que há vinte anos já não realizava”, conta Weber.
Matéria publicada na versão impressa da revista Sacada.