Câmeras, cercas e alarmes a favor da vida

Para entender um pouco mais sobre os produtos vinculados à segurança eletrônica residencial que estão no mercado, é interessante especificar cada uma das categorias 

Foto: Sacada

por Silma Araújo

O setor de segurança eletrônica é um dos que mais crescem atualmente no país. O contexto social que vivenciamos influencia diretamente no aumento da demanda por segurança preventiva, sobretudo a residencial. Cada vez mais as famílias recorrem a empresas particulares que prestam serviços de vigilância privada no afã de evitar investidas criminosas.

Em pesquisa realizada pela ABINEE (Associação Brasileira Da Indústria Elétrica e Eletrônica), em 2013 o setor de segurança eletrônica registrou crescimento de 19% em relação a 2012, atingindo um faturamento de R$ 1,2 bilhão. Para este ano, as indústrias e integradores preveem um crescimento de 16%, fechando 2014 com faturamento de R$ 1,38 bilhão.

Esses dados revelam a preocupação dos brasileiros em garantir a integridade, mesmo que abdicando, de certa forma, de sua privacidade. Em Feria de Santana, essa realidade não é diferente. O aumento da procura por empresas que fornecem segurança monitorada demonstra a valorização desse segmento.

A segurança eletrônica residencial, segundo Cléber Lopes Ferreira, diretor da Previna, consiste no acompanhamento realizado por uma empresa com o intuito de assegurar a integridade da residência.

O monitoramento acontece através de aparelhos que indicam a tentativa de invasão do perímetro domiciliar. Porém, esse monitoramento não é ilimitado, devido a determinações legais que estabelecem seu limite de ação. “A empresa só pode atuar na segurança privada, ou seja, dentro do perímetro da residência. Na área pública, no passeio, por exemplo, a competência é da polícia”, esclarece.

De acordo com Cléber, quando a informação de invasão ou violação chega à central de monitoramento, ela vem especificando qual o cliente, o local da casa que foi violado, e o roteiro mais próximo para que a viatura chegue à residência. Detectando a invasão, caso não haja moradores na casa, a empresa entra em contato com o proprietário.

Com relação aos aparelhos e a forma como são instalados, Douglas Dantas Ramos, diretor da Comandos, levanta uma importante consideração ao propor que os arquitetos, ao projetarem a residência, incluam os pontos de conexão desde o início da concepção da planta da casa. “A ideia é implantar a cultura de pensar o sistema de segurança eletrônica, principalmente os alarmes e as câmeras, ainda no projeto arquitetônico ou antes do término da obra de construção. Isso evitaria o transtorno de quebrar as paredes para passar os fios”, afirma.

O diretor também salienta sobre o cuidado e a responsabilidade que o morador deve ter ao contratar a empresa de segurança, alertando que se deve ter atenção em saber se ela possui técnicos qualificados para a instalação dos aparelhos. “A empresa deve ter pelo menos um técnico credenciado no CREA (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia) que assine a ART (anotação de responsabilidade técnica) emitida pelo conselho”, orienta.

Para entender um pouco mais sobre os produtos vinculados à segurança eletrônica residencial que estão no mercado, é interessante especificar cada uma das categorias. A orientação é que primeiramente deve-se fazer um estudo que verifique qual a necessidade do morador. A partir de então, designar quais aparelhos serão instalados.

O monitoramento com câmeras é denominado de segurança de imagem. Nela, os dispositivos de filmagem gravam tudo o que acontece na residência, com as imagens guardadas na própria casa pelo proprietário. A vantagem do monitoramento com câmeras é que em qualquer lugar do mundo ele pode ser consultado, basta o acesso à internet.

Há no mercado uma infinidade de marcas e modelos de câmeras, devendo o morador atentar para qual tipo de sistema e imagem que deseja. Detalhes como o local de instalação dos aparelhos também são importantes, visto que há diferenças entre as câmeras usadas dentro de casa e as que podem ser instaladas fora. Para ambientes externos, é indicado que se opte pelas blindadas, justamente porque sofrem o desgaste do sol e da chuva.

Outro tipo de segurança bastante difundida no mercado é a segurança de alarme, que consiste na emissão de sirene quando o local é invadido, no caso dos sensores, ou quando é detectado o rompimento de sua estrutura, no caso da cerca elétrica e barreiras eletrônicas.

É importante diferenciar cada um desses sistemas, contudo vale ressaltar que eles estão ligados a uma Central de alarme, aparelho que abriga todo o sistema. Ao perceber a violação, ela envia sinal à central de monitoramento da empresa de segurança que, por sua vez, entrará em contato com o proprietário da residência e enviará uma unidade móvel ao local.

Quanto ao sistema de sensores, correspondem aos aparelhos que podem ser instalados dentro (interno) ou fora (externo) da residência, ambos acionam quando detectam movimento no local. Veja no infográfico as características a seguir de cada um:

Quanto às barreiras elétricas, são dispositivos tais qual a cerca elétrica, porém sem fios, com transmissor e receptor, que são instalados nas extremidades dos muros. Caso alguém interrompa essa transmissão, durante uma invasão, por exemplo, o alarme será acionado. Os interfones, portões elétricos, fechaduras eletrônicas, e teclados (vinculados a portas para permitir o acesso através do uso de senhas) também fazem parte da segurança residencial e são enquadrados na segurança de controle de acesso.

A iluminação da residência é incluída como segurança de iluminação. A concepção é o controle da iluminação da casa a distância, ou seja, o morador pode ligar ou desligar as luzes de sua residência mesmo não estando dentro de casa.

Matéria publicada na versão impressa da revista Sacada. 

Foto: Sacada

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