Membranas de poliureia e poliuretano são opções para o projeto
Uma das melhores estações do ano para reformar ou construir uma piscina é o inverno. Isso porque a procura pelo ícone de lazer diminui, e consequentemente, os preços dos materiais e mão de obra também. Além disso, os menores índices de chuva e tempo seco ajudam na rapidez da construção, que já estará concluída no verão, o que significa mais tempo de aproveitamento.
Durante o 15º Simpósio Brasileiro de Impermeabilização, promovido pelo IBI Brasil, o engenheiro Paulo Henrique Vasconcelos apresentou o trabalho “Estudo comparativo entre ensaios de desempenho e de caracterização de membranas de poliureia e poliuretano”, sendo premiado em primeiro lugar na categoria profissional. Como informa o título, o autor abordou a utilização das membranas em lajes expostas sujeitas a tráfego veicular. De igual modo, o material também é ideal para projetos de impermeabilização de piscinas, pois tem baixíssima absorção de água, entre 10 a 20 vezes menos que os impermeabilizantes asfálticos e seu uso é favorável em ambientes com altas pressões hidrostáticas.
Estas membranas são fabricadas na própria obra, onde recebem os componentes necessários e procedimentos especializados. De alta performance, são compostas por uma química fina, exigindo muita atenção, uma vez que qualquer pequena falha na manipulação compromete o produto final. Por isso, a mão de obra deve ser muito bem qualificada e treinada. O engenheiro e vice-presidente técnico do IBI Brasil – Instituto Brasileiro de Impermeabilização, Firmino Siqueira, justifica: “os controles de margens de erro devem ser muito maiores que os praticados normalmente nas obras de construção civil, onde a unidade básica é o centímetro, enquanto nestes produtos temos o milímetro ou em casos, o micrômetro. Dez a cem vezes mais precisão”.
Embora apresentem um ótimo desempenho e sejam flexíveis, por terem forte aderência aos substratos, as membranas de poliureia e poliuretano podem romper-se muito antes dos limites nominais, por fadiga ou pelas elevadas tensões que atuam na tração e superam aquelas de ‘arrancamento’, gerando rupturas antes de deslizamento por falta de comprimento inicial. Firmino explica que os problemas não são, na realidade, dos produtos em si, mas da incapacidade de grande parte dos empreendimentos de construção civil alcançarem seu nível de refinamento para dar-lhes condições ideais, necessárias e suficientes para o resultado que são capazes de dar. “O IBI, nos estudos de projeto de norma atualmente em andamento, pretende determinar as condições para que este desencontro seja eliminado e o setor possa se beneficiar das altas qualidades destes materiais”, finaliza.
O também engenheiro José Miguel Morgado, diretor executivo do IBI, afirmou que “O IBI montou um grupo de trabalho intitulado Poliureia e Hibrido de Poliureia, onde mensalmente os associados que trabalham com este produto ou querem se desenvolver mais sobre o tema, trabalham para a organização de um texto base que servirá para entregar à ABNT-CB-022 – Comitê Brasileiro de Impermeabilização, para que seja proposta a execução da norma deste produto, uma vez que não existe norma para tal”.
Sobre o IBI Brasil
O IBI – Instituto Brasileiro de Impermeabilização foi fundado em abril de 1975. É uma entidade técnica sem fins lucrativos, que tem como finalidade principal o estudo, a pesquisa e o desenvolvimento de produtos, serviços e do mercado de produtos químicos voltados para construção civil. Para tanto, promove ações e parcerias com institutos de pesquisa; órgãos públicos; projetistas e universidades. É administrado por um Conselho Deliberativo, eleito pelos sócios, com mandato de dois anos. Congrega em seu quadro sócios beneméritos, fundadores, fabricantes, aplicadores, distribuidores e revendedores de produtos impermeabilizantes e químicos voltados a construção civil.
Fonte: Mafer Comunicação