É através do conceito de sustentabilidade que a profissional marca seu trabalho em ambientes residenciais, comerciais e corporativos
por Silma Araújo
O design de interiores começou na vida de Sandra Cristiane como um dom e desde muito jovem a profissional já gostava de decorar os ambientes que frequentava. O seu empenho era para deixar tudo no lugar correto e da maneira mais bonita possível. E foi a partir dessa vocação que, segundo ela, os primeiros interesses pela profissão foram despertados.
Ainda na escola, Sandra planejava seguir carreira em áreas ligadas à arquitetura ou artes plásticas e, para aprimorar o seu talento, desenhava e pintava telas. Entretanto, o destino a levou para outra direção, fazendo-a graduar em Administração de Empresas pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) e deixar latente o seu desejo pelo design de interiores. “Conclui a faculdade e diz pós-graduação na Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC), trabalhando na área administrativa durante muitos anos.
Nesse intervalo, pratiquei o design de interiores ao decorar a minha própria casa e o escritório. Até que uma amiga arquiteta perguntou-me o porquê de não investir nesse talento. A partir daí decidi seguir o meu sonho. Fiz o curso de Design de Interiores na Universidade Salvador (UNIFACS) e no Instituto Brasileiro de Santa Catarina (IBRASC). Atualmente, dedico-me à pós-graduação na instituição de ensino superior IPOG e concilio o trabalho das duas formações, Administração e Design de Interiores”, conta.
Como filha de Feira de Santana, Sandra pode observar o despertar do mercado feirense para o design de interiores, o que, segundo ela, foi importante para modernizar a forma de a cidade lidar com a atividade. “Antigamente víamos que as capitais eram as que mais valorizavam a profissão, por isso somente nelas eram ministrados os cursos. Hoje, percebo que a mentalidade dos usuários vem se transformando. Eles começam a ver a importância de se decorar o ambiente e primar pelo bom gosto. Acredito que um dos fatores que contribuíram para essa nova posição foi a criação do Grupo de Designer de Interiores, que veio, sobretudo, com o propósito de valorizar a atividade com profissionalismo e responsabilidade. E as pessoas estão entendendo isso”, relaciona.
Segundo Sandra, o despertar do consumidor fez com que o mercado da cidade voltasse seus esforços a oferecer produtos a essa demanda consumidora crescente e exigente. “Visitar as feiras de decoração é saber quais serão as tendências do setor. Tenho frequentado esses eventos e vejo que as lojas da cidade estão muito alinhadas com as propostas lançadas nacional e internacionalmente. Por isso, certamente é possível montar um ambiente sofisticado com os produtos oferecidos aqui”, frisa.
Sobre a sua marca e estilo de trabalho, Sandra diz que prezar pelo sonho do cliente é o principal objetivo de todo projeto. Contudo, para que seja realmente um sucesso, ela sempre observa critérios que são fundamentais para o conforto e qualidade do ambiente. “Quando estou à frente de um trabalho, apaixono-me por ele. Isso faz com que deseje o melhor e para que tudo fique perfeito. Por isso, normalmente gosto de explorar o conceito clean e deixar o local mais aconchegante possível ao explorar a luminotécnica e a ventilação. Valorizo o conceito de sustentabilidade ao usar produtos ecologicamente corretos, através de materiais que tenham bom respaldo e que dão garantia e segurança para se trabalhar, seja em ambientes residenciais, comerciais ou corporativos”, explica.
Matéria publicada na versão impressa da revista Sacada.
