Impermeabilizar é a maneira de garantir maior durabilidade na vida útil de uma construção
por Silvana Ferraz
Prolongar a vida útil dos imóveis foi um desafio muito grande para o ramo da construção civil. Há tempos atrás, o óleo de baleia na mistura das argamassas para o assentamento de tijolos e revestimentos de paredes era bastante utilizado no Brasil como proteção contra infiltrações. Com o tempo, a impermeabilização passou a ser considerada item da construção que precisava de normalização e, a partir da primeira norma brasileira de impermeabilização em 1975 e da fundação do Instituto Brasileiro de Impermeabilização (IBI) no mesmo ano, houve um progresso na utilização deste processo para a garantia da vida útil das construções.
A técnica consiste na aplicação de produtos específicos visando proteger diversas áreas de uma construção contra a ação de água, que pode ser através da chuva, lavagens, vazamentos e outros. “A impermeabilização é o controle da umidade. Existem dois tipos: a preventiva, feita na concepção do projeto; e a corretiva, feita quando há problemas de umidade em determinado espaço”, explica José Mendes, engenheiro da Ribeiro Mendes Engenharia.
Água infiltrada nas superfícies e estruturas afeta o concreto, ferragens, alvenarias e revestimentos. E isso pode diminuir a vida útil da edificação, sem contar que o proprietário sofre com os problemas existentes no imóvel. Mendes, formado em Engenharia Civil pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) e atuando no mercado há 20 anos, relata que ao longo do tempo percebeu que os problemas causados pela água são inúmeros. “Quando comecei nesta área, trabalhava na recuperação de estruturas. Durante o processo, percebi que muitos problemas das construções eram provenientes da água, então veio a ideia de me especializar em impermeabilização”, informa.
Assim como os projetos arquitetônicos de uma obra comercial ou residencial, a impermeabilização também deve ter um projeto específico. Esse levantamento irá detalhar os produtos e a forma da utilização das técnicas de aplicação para cada obra. “A impermeabilização preventiva custa em torno de 1% a 5% do valor da construção. Se forem executadas só quando os problemas forem detectados, o custo pode ser bem maior. Então, o recomendado é que seja feita na concepção do projeto para garantir a durabilidade da construção e ainda economizar”, enfatiza o engenheiro.
Matéria publicada na versão impressa da revista Sacada.