Ana Claudia Guerra e Phillippe Siarcos, Ana Laura Holler e Alex Araújo, Fernanda Eicke, Granatti Studio, Handry Roth, KZA Arquitetura, Lili Golunski e Georgea Golunski, M.Hausen Arquitetura, OSA – Osvaldo Segundo Arquitetos, Patricia Furukawa Arquitetura e Design, Tufi Mousse Arquitetura, participam desta edição da Mostra Artefacto.
Ana Claudia Guerra e Phillippe Siarcos (@guerrasiarcosarq)
Ana Claudia Guerra e Phillippe Siarcos traduzem o conceito de “Viver com Arte” em um ambiente que explora a beleza sensorial como poesia concreta. Parceiros profissionais desde 2008, e com mais de duas décadas de atuação, os arquitetos transformam um quarto de casal em um refúgio artístico e acolhedor, onde a arte se manifesta em cada detalhe e composição. A paleta cromática predominantemente clara oferece elegância ao ambiente, enquanto tons quentes pontuais intensificam a percepção acolhedora. Ana Claudia e Phillippe definem seu estilo profissional pela busca constante de harmonia entre forma, função e sensibilidade artística: criam espaços atemporais, sofisticados e autênticos, nos quais cada projeto é um poema visual, cuidadosamente concebido para transformar a vivência cotidiana em uma experiência singular de arte e pertencimento.
Ana Laura Holler e Alex Araújo (@hollerarquitetura)
Parceiros desde 2021, Ana Laura Holler e Alex Araújo propõem um espaço que redefine o significado de “Viver com Arte”, indo além da estética visual e abraçando a experiência contemplativa como elemento central. A dupla criou um refúgio contemporâneo externo fortemente inspirado na arquitetura litorânea, com o mobiliário destacandose em uma disposição fluida e funcional, que privilegia circulação, integração e conforto. “Nesse espaço, a beleza se revela discretamente em cada canto, promovendo momentos de contemplação e incentivando o reencontro com o essencial”, explicam. Ana e Alex, assim, criam uma narrativa única que emociona pela simplicidade elegante, oferecendo não apenas um cenário, mas uma verdadeira experiência de habitar com arte.
Fernanda Eicke (@arquitetura.fernanda.eicke)
Com mais de duas décadas dedicadas à arquitetura e ao design de interiores, Fernanda Eicke expressa sua experiência e sensibilidade artística em um ambiente que parte do desafio criativo de transformar um cubo branco, sem iluminação natural, em um cenário convidativo e cheio de identidade. Inspirada pelo pensamento dos arquitetos Harry Francis Mallgrave e Santiago Calatrava, que destacam a arquitetura como uma arte imersiva e emocional, o projeto busca proporcionar exatamente isso: uma experiência que acolha e envolva, fazendo o visitante esquecer a passagem do tempo. Fernanda traduz sua identidade profissional em “projetos atemporais, ergonômicos e profundamente respeitosos àqueles que irão vivenciá-los, refletindo sempre uma arquitetura com propósito, personalidade e, acima de tudo, alma.”
Granatti Studio (@granattistudio)
Granatti Studio traz para a Mostra Artefacto uma proposta que transcende o convencional, oferecendo aos visitantes uma experiência em constante transformação no projeto da vitrine que se ancora na delicadeza simbólica de uma kokedama de uma oliveira suspensa, com raízes expostas, uma homenagem sutil e poderosa à arte mais pura da natureza. Ao redor dela, referências provocativas convivem harmoniosamente: o revestimento assinado por Vik Muniz, a estética pop de Andy Warhol escondida dentro da caixa bar Pietra, a precisão geométrica das obras de Volpi e a força bruta e gestual evocada por Iberê. A simplicidade orgânica, quase intuitiva, das cadeiras Vimen dialoga com o aparador Zucchi e com os contrastes marcantes do veludo cotelê, reforçando o caráter provocador e profundamente autoral da composição. Granatti define sua identidade profissional como um “contemporâneo chic autoral” – alguém dúvida?
Handry Roth (@handryroth)
Handry Roth cria um espaço onde a arte é protagonista, mas se manifesta de maneira sutil, silenciosa e acolhedora. Inspirada pelo mural “Ovídio Autumn” da Coordonné, ela constrói um cenário onde cada detalhe é pensado para evocar a passagem do tempo, a transformação e a poesia contida nas pequenas coisas. Obras de Cassia Aresta e Ayao Okamoto enriquecem essa narrativa. Handry busca despertar não apenas admiração estética, mas emoções genuínas, criando um ambiente que acolhe com sinceridade e sensibilidade. Em essência, define sua identidade profissional como uma busca constante por harmonia, autenticidade e emoção. Seu trabalho é guiado pela escuta atenta e pela intenção verdadeira de criar espaços que refletem e respeitam aqueles que irão vivenciá-los: lugares onde a arte não é apenas contemplada, mas sentida em sua plenitude.
KZA Arquitetura (@kzaarquitetura)
Cristina Reinert, arquiteta a frente da KZA Arquitetura há mais de 14 anos, traduz em seu projeto uma experiência poética, inspirada na delicadeza da escrita oriental Choka – um poema autoral desenvolvido simultaneamente ao processo criativo do espaço. O ponto central da ambientação é a cabeceira Harrison, cujas formas suaves e elegantes refletem exatamente essa intenção. No restante do espaço, móveis selecionados com precisão ampliam a sensação de pausa e introspecção. A chaise longue Papillon sugere um convite direto ao descanso, acompanhada pela leveza das poltronas Pol e do banco Vivika, que equilibram visualmente o ambiente e criam pontos distintos de contemplação e permanência. Nesse espaço, o visitante experimenta não apenas uma pausa física, mas sobretudo emocional e sensorial.
Lili Golunski e Georgea Golunski (@liligolunski)
Lili Golunski e Georgea Golunski apresentam uma homenagem à atemporalidade do movimento Art Déco, celebrando seu centenário em grande estilo com um projeto que busca inspiração em Nova Iorque, reinterpretando elementos icônicos da arquitetura da cidade, especialmente do emblemático Chrysler Building. A inspiração nova-iorquina se traduz claramente na verticalidade do ambiente, dividindo-se em dois eixos principais que conduzem o olhar. Destaques como a cabeceira Piet, que emoldura elegantemente os arcos do espaço íntimo, a sofisticada caixa bar Pietra com seu interior refinado que resgata o espírito original do Art Déco, e a delicadeza do sofá Carrie, combinado à mesa de chá Alderaan e à poltrona Pollux, formam composições precisas, quase escultóricas. Um equilíbrio perfeito entre técnica, sensibilidade e arte.
M.Hausen Arquitetura (@mhausen.arq)
O escritório liderado por Fernanda Modesto e Mariana Burghausen apresenta na Mostra um espaço inspirado na leveza atemporal da Bossa Nova, traduzindo o espírito suave e elegante de uma “nova Garota de Ipanema”. Unidas desde 2019, as profissionais combinam suas formações em arquitetura e design para criar um ambiente onde a curadoria de móveis Beach & Country foi essencial para materializar a narrativa. Detalhes em bambu e telas naturais enfatizam o clima litorâneo, enquanto a cabeceira Talalla, torna-se a peça central, acolhedora e convidativa, simbolizando perfeitamente o conforto e a tranquilidade à beira-mar. A atmosfera do ambiente convida à permanência, oferecendo uma pausa sofisticada em meio ao ritmo acelerado cotidiano.
OSA – Osvaldo Segundo Arquitetos (@osa_arquitetos)
O escritório OSA Arquitetos, formado por Osvaldo Segundo, Martina Hasse, Aliessa Sabadin, Argemiro de Oliveira e Fernando Vargas, traz para a Mostra uma experiência espacial profundamente conectada às origens da expressão artística humana. O ponto de partida do projeto é a ancestralidade da arte primitiva, marcada por sua força simbólica, espiritual e misteriosa. Os móveis da Artefacto, com seu design orgânico e acabamentos impecáveis, tiveram papel fundamental na materialização do conceito: destaque para as estantes Apex, cuja imponência visual se equilibra harmoniosamente com a moldura Aka, simbolizando portais para o sol e a lua, representando a conexão ancestral e espiritual pretendida pelo escritório. “O projeto propõe um reencontro com o eterno, uma jornada onde sensações genuínas são acolhidas e exaltadas”.
Patricia Furukawa Arquitetura e Design (@patriciafurukawa.arquitetura)
Patricia Furukawa traz para o seu espaço uma reflexão sobre o conceito japonês da casa como obra de arte, ideia fortemente influenciada pelo Manifesto das Sete Artes, reinterpretado através da filosofia oriental. O ambiente é marcado pela valorização consciente do vazio e se apoia em uma paleta sofisticada e neutra, dominada por preto, branco e tons amadeirados. Mais do que uma simples apreciação estética, Patricia busca fazer com que cada pessoa que entre se conecte emocionalmente à utilização consciente do vazio como elemento-chave para destacar o essencial sobre uma base neutra que permite uma liberdade expressiva profunda. “Meu trabalho ultrapassa a estética pura – quero criar espaços que equilibrem perfeitamente função, emoção e significado”.
Tufi Mousse Arquitetura (@tufimoussearquitetura)
A inspiração central de Tufi Mousse e Leonardo Silveira, sócios no Tufi Mousse Arquitetura, nasce de um diálogo criativo com a essência do modernismo brasileiro, destacando influências marcantes de Lina Bo Bardi e do design atemporal de Sérgio Rodrigues. A paleta cromática reflete os tons terrosos da natureza (verdes profundos, beges suaves, ocres calorosos) que dialogam diretamente com as texturas orgânicas e convidam ao toque. Com uma autoria marcada por valores fundamentais como elegância silenciosa, precisão técnica, intuição criativa e respeito pelo tempo e pelo espaço, a arquitetura proposta por Tufi Mousse não se impõe; antes, acolhe e convida a viver com arte e sensibilidade, criando uma experiência humana e com significado em cada projeto.
