Anuário apresenta tendências e projetos que representam a “Arquitetura do Futuro”

Foto: Divulgação

Com o tema “O futuro da arquitetura e do design de interiores no Brasil e no mundo”, Carmen Saucedo lança a oitava edição do Anuário Arq+Decor. O evento será no dia 16 de setembro, a partir das 17h, em Sousas, Campinas. De acordo com Carmen Saucedo, o tema foi proposto para arquitetos e designers de interiores, já que a opinião unânime é a de que a arquitetura do futuro não será marcada apenas por linhas arrojadas ou materiais inovadores.

“Os profissionais, hoje, precisam estudar como as pessoas querem viver, com quem desejam compartilhar os espaços e que legado pretendem deixar. Essa nova arquitetura propõe um mergulho em questões sociais, ambientais, políticas e emocionais, que vêm transformando silenciosamente as cidades”, diz. Além dos projetos de mais de duas dezenas de profissionais, o Anuário Circuito Arq+Decor traz diversas entrevistas, entre elas as realizadas com profissionais que atuam fora do Brasil, relatando suas experiências em Portugal e nos Estados Unidos; com representantes de empresas que apresentam novas técnicas construtivas e que atuam com projetos sustentáveis; e com artistas cujas obras estão cada vez mais harmoniosamente aliadas aos projetos de decoração.

“O Anuário provoca uma reflexão sobre o que pretendemos construir – em todas as suas definições – para morar e para viver. As escolhas para os espaços que desejamos habitar no futuro começam hoje e devem ser analisadas juntamente com mundo que queremos deixar para as próximas gerações”, antecipa Carmen.

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Exposição de arte

A presença de obras de arte na decoração assegura personalidade ao ambiente, expressa o estilo de quem habita o local e cria a desejada exclusividade que as pessoas esperam.  A partir dessa premissa, o artista visual californiano Stephen Linsteadt foi convidado pela galerista Ligia Testa para eleger uma de suas telas para a capa do anuário, representando a “arquitetura do futuro”. A tela escolhida para esta publicação é, para ele, “uma metáfora visual do mundo que desejamos: uma Terra pós-mudança climática que carrega as marcas do colapso, mas também os sinais da regeneração”. Considerando o necessário equilíbrio e o encontro entre a arte e a arquitetura, a galerista Ligia Testa, selecionou três exposições de talentosos e criativos artistas para abrilhantar o evento do lançamento do Anuário Arq+Decor 2025.

“As obras de arte podem e devem ser misturadas: pinturas, fotografias, esculturas, gravuras, pratos – das mais diversas técnicas e estilos – mostram que aquele ambiente teve o envolvimento de diversos artistas, a começar pelo arquiteto ou designer que compôs, com harmonia, a expografia do espaço”, explica Ligia Testa. A primeira exposição – The Six Senses – traz a série de seis pinturas do próprio Stephen Linsteadt, inspiradas nas tapeçarias medievais clássicas de “A Dama e o Unicórnio”, reinterpretadas com sua sensibilidade contemporânea. Cada pintura representa um dos sentidos humanos como portais entre os mundos físico e espiritual, nos quais o Universo, vivenciado através dos sentidos, é apenas a vibração do Eu. Mais que ilustrações sensoriais, as obras convidam o espectador a refletir sobre a profundidade simbólica dos sentidos, suas conexões com o imaginário, a memória e o invisível.

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Já ‘Nuances da Natureza’ traz a fotografia – a arte da imagem. O artista Germano exibe um tipo de trabalho muito peculiar e personalíssimo: são fotos de detalhes da natureza que, normalmente, passam despercebidos por todos. Seu foco são as sutilezas e complexidades do mundo natural. Suas lentes sensíveis capturam detalhes como a textura rugosa da casca de árvore ou a delicada beleza do interior de uma flor. As quatro obras levam à reflexão sobre a vulnerabilidade da natureza e sobre nossa dificuldade em observar a beleza dos detalhes. A terceira exposição, ‘Poesia que a Natureza Esculpiu’, é assinada pela artista Bel Young. 

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São nove obras tão belas quanto inquietantes: elas mostram paisagens quase intocadas da Ilha do Mel, situada na embocadura da Baía de Paranaguá, no Paraná, preservada de agressões de todos os tipos. Com cerca de mil habitantes, o local proporcionou à artista a possibilidade de capturar as por ela como Infinito Particular ou Caminhos na Areia, Esculturas Milenares ou ou Paraíso Intocado. As cores são leves, delicadamente pálidas, quase beirando o preto e branco, mas conservando, ainda, aquilo que nos faz sentir que ali há o verde que pertence aos musgos, a cor das areias, os matizes próprios das rochas e dos troncos de árvores. Bel deu às obras a elegância nas molduras do freijó, madeira nobre, artisticamente colocadas a fim de eternizar as imagens dessa sua série e valorizar qualquer ambiente bem decorado.

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