Documentário de Tuna Espinheira sobre o artista plástico e arquiteto Juraci Dórea terá lançamento em Feira

Além de Juraci Dórea, personagem central, o filme conta com dois nomes feirenses na ficha técnica: Dimas Oliveira e Selma Soares. 

Foto: Reprodução

Na próxima terça-feira (15), a partir das 20 horas, no Centro de Cultura Amélio Amorim, será realizado o lançamento do documentário O Imaginário de Juraci Dórea no Sertão: Veredas, do cineasta baiano Tuna Espinheira.

A obra refaz os caminhos trilhados por Juraci Dórea quando da instalação das esculturas do Projeto Terra no sertão da Bahia. “Revisitamos os caminhos percorridos pelo artista, registrando o que ainda existe, recuperando o que foi possível e colocando novas obras no trajeto entre Feira de Santana, Monte Santo, Canudos e Raso da Catarina, colhendo depoimentos de pessoas e personagens de cada local”, explica Tuna.

Além de Juraci Dórea, personagem central, o filme conta com dois nomes feirenses na ficha técnica: Dimas Oliveira e Selma Soares.

De maneira poética, Tuna Espinheira define o percurso e a obra de Juraci Dórea: “Era uma vez o sertão que virou museu a céu aberto, ao sol, a chuva, ao tempo… foi, precisamente desta maneira, que o artista, Juraci Dórea, arrumou seu matulão e, fazendo às vezes do pregador bíblico, João Batista, adentrou as veredas do sertão baiano, descortinando suas icônicas esculturas, de madeiras vestidas de couro, com uma linguagem contemporânea, desconhecida naqueles ermos, bradando no deserto. Logo/logo, viriam as exposições itinerantes, ciganas, de quadros de pintura, com motivos populares. Um festão em cada lugar por onde passava. E assim foi que, estas semeaduras de arte em léguas tiranas, no agreste, através de documentações fotográficas, chegaram à mídia e o fazer do artista ganhou botas de sete léguas e asas de albatroz e, invertendo a normalidade do processo, saiu do assombroso museu a Deus dará, para os espaços emblemáticos das Bienais, São Paulo, Veneza etc. E o Sertão virou mar.”

De acordo com o cineasta, “foi em busca de contar esta estória cuja gênese é o distante 1982”, que a equipe encontrou e registrou os “vestígios das esculturas pioneiras, urdidas como arte efêmera, de vida curta (…)”. O desejo, de agora em diante, conforme revela Tuna, é de que “o filme, possa caminhar com as suas próprias pernas”. 

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