A arquitetura como uma paixão

Danilo Cajaiba conta como o talento pelo desenho influenciou a decisão por sua carreira na arquitetura 

Foto: Horácio Urpia

por Silma Araújo

O feirense Danilo Cajaiba, desde cedo com talento para o traçado, conta que em suas lembranças infantis recorda-se de ter o desenho como uma distração muito frequente e explica o quanto elas foram importantes para decidir pela área da arquitetura.

“Muitas pessoas são influenciadas pela profissão dos pais ou de alguém da família, mas entre os meus parentes não havia nenhum arquiteto. Entretanto, intuitivamente tive identificação com essa área desde muito pequeno. Digo isso porque tenho fotos dormindo sobre os lápis de cor e papéis pintados (risos). Quando já adolescente, minha mãe me orientou a fazer um curso de AutoCAD, o que foi muito importante, pois ganhei habilidade nesse programa e gostei tanto que não tive dúvidas ao escolher a opção de curso no vestibular. Contudo, como Feira não tinha o curso de arquitetura, fui a Salvador, e na Universidade Salvador (Unifacs) tive a minha formação”, relata.

Por acreditar na importância da prática unida à teoria, durante a graduação Danilo estagiou em diversos escritórios de arquitetura a fim de aprimorar aquilo que aprendia na academia, pois, para ele, a profissão não era somente a produção do projeto como também a execução, sendo um importante diferencial no currículo.

“Trabalhei durante muito tempo com Danilo Bezerra, proprietário do Villa Café, e em grandes obras, em Salvador, que possibilitaram maior aprendizado sobre arquitetura. Tive a oportunidade de estagiar no escritório do renomado arquiteto Sidney Quintela, que considero como meu padrinho na profissão e, durante o período em que passei, tive experiências em diversas áreas, como a comercial, residencial, de empreendi- mentos e prospecção”, destaca.

Em 2011, um ano após a formatura, Cajaiba montou seu próprio escritório, Danilo Cajaiba Arquitetura, no Rio Vermelho, em Salvador, em parceria com seu amigo de infância, o administrador Ri- cardo Cedraz, e segue com dedicação e seriedade a realizar os mais diversos projetos entre a capital baiana e o interior do estado ao lado do também arquiteto e sócio Turambey Macedo e equipe. “Como minha família e boa parte dos amigos são feirenses, muitos dos nossos projetos se concentravam em Feira de Santana. Por isso minha rotina era na BR 324, no eixo Feira – Salvador, acompanhando as obras e captando novos clientes”, explica.

Trabalhando em diversos segmentos (design de interiores, arquitetura residencial, industrial, comercial e empreendimentos), o arquiteto percebeu a necessidade de montar um escritório também em Feira, para oferecer mais comodidade aos clientes. “Vimos no Villa Container Mall, na Avenida Maria Quitéria, um bom local para instalarmos o escritório, o que foi bastante favorável. Já fizemos, além de residenciais, bares, restaurantes, lojas de confecção, decoração, um pet shop e o espaço de eventos Ária”, enumera.

Sobre aquilo que acredita ser essencial no profissional de arquitetura, Danilo destaca a identidade como elemento importante para o fortalecimento da carreira. “O estilo que o profissional constrói é, independentemente do projeto e do cliente, o toque que o diferencia, é a sua marca. A minha identidade é o traço moderno, com materiais maleáveis como a madeira, e uso muito também o concreto. Para a inspiração, tenho como referência grandes arquitetos, ícones na área, mas acredito que também temos que olhar para o futuro e sempre ter a preocupação de estar por dentro de todas as novidades, e principalmente preocupados com a sustentabilidade do planeta”, revela. Aos 27 anos, Danilo Cajaiba ressalta a conquista do Troféu Imprensa do Jornal Noite Dia 2014 na categoria arquiteto. Destaque também para o seu escritório que, com apenas dois anos, já contabiliza 136 projetos no Estado e a atuação internacional em Angola.

Matéria publicada na versão impressa da revista Sacada.

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