Automação Residencial: o futuro da sua casa

Na atualidade, uma forte tendência do mercado de Automação Residencial é trabalhar conjuntamente com as construtoras desde a elaboração dos projetos de condomínios e edifícios 

Foto: Arquivo Zafiro

por Claudio Valverde, diretor da Zafiro Automação

Você sabe o que significa Automação Residencial? Se ainda não ouviu falar nesse conceito, esteja certo de que, mais breve do que imagina, terá sua casa ou escritório automatizados. Sem nos darmos conta, já convivemos com diversos tipos de automação no nosso dia a dia.

Nos carros modernos, por exemplo, as portas travam quando se inicia o deslocamento; a marcha muda à medida que aceleramos; os faróis acendem quando anoitece; o limpador de para-brisa liga quando chove; e o retrovisor interno escurece quando recebe farol alto. Alguns modelos, inclusive, recuam o banco e o volante assim que o motor é desligado, possibilitando uma saída mais confortável ao motorista; outros estacionam automaticamente. Tudo isso sem a intervenção do usuário, através de sensores e sistemas pré-programados.

Por que, no seu carro, o vidro é elétrico, mas em casa você abre e fecha as cortinas manualmente? Por que, quando você abre a porta do seu carro, as luzes internas acendem e em sua casa você precisa ligar o interruptor?

No Brasil, os primeiros produtos a aparecerem no mercado foram de origem norte-americana, daí a denominação Automação Residencial derivar da expressão em inglês Home Automation. Na Europa, no entanto, esse sistema é chamado de Domótica, junção da palavra latina domus (casa) com robótica (controle automatizado de algo).

Atualmente, existem diversos sistemas automatizados instalados em residências, mas funcionando de forma independente, como, por exemplo, equipamentos de alarme e segurança eletrônica, irrigação computadorizada, home theater, media-centers, fotossensores, portões eletrônicos, fechaduras magnéticas, cortinas motorizadas e ar-condicionado. Com a Automação Residencial, é possível a integração de todos esses sistemas, a fim de que eles se comuniquem entre si, possibilitando ao usuário final o controle centralizado e simplificado de todos os aparelhos.

Quando se fala em Automação Residencial, as pessoas têm reações diversas. Algumas nunca ouviram falar; outras confundem com Automação Comercial ou Automação Industrial; outras apenas ouviram falar ou leram em algum lugar. Muitos acham que Automação Residencial é apenas possibilitar o controle de iluminação, cortinas, climatização e sistemas de áudio e vídeo através do smartphone ou tablet. Entretanto, as possibilidades são infinitas.

As empresas especializadas, também chamadas de Integradores de Automação Residencial, podem ser comparadas a alfaiates, pois cada sistema instalado é diferente dos outros já existentes. Isto significa que o conjunto de sistemas é montado de forma personalizada, sob medida para o ambiente e para a família que mora ali.

As pessoas costumam ficar surpresas com as possibilidades oferecidas pela Automação Residencial, mas algumas desanimam, sobretudo por dois motivos: primeiro, por acharem que a instalação custa uma fortuna; segundo, por imaginarem que é necessário quebrar toda a casa para passar fios. O que é mais interessante, no entanto, é que, atualmente, a Automação Residencial não demanda a instalação de nenhum tipo de cabo.

Existem diversas tecnologias sem fio que possibilitam automatizar toda uma casa sem realizar a quebra de paredes ou teto. A instalação e a configuração desse sistema não duram mais que algumas horas. E essa facilidade implica na redução dos custos. Hoje, um sistema de Automação chega a custar 1/5 do que custava há 10 anos.

Na atualidade, uma forte tendência do mercado de Automação Residencial é trabalhar conjuntamente com as construtoras desde a elaboração dos projetos de condomínios e edifícios. A finalidade é que os novos empreendimentos sejam apresentados já com pré-automação ou com automações básicas. Com isso, as construtoras agregam valor aos imóveis e saem na frente da concorrência, mostrando que estão atentas às novidades tecnológicas e preocupadas em oferecer mais conforto aos seus clientes. Os imóveis prontos e habitados também podem e devem ser automatizados, pois são valorizados em até 20% e destacam-se dos outros produtos oferecidos no mercado.

O primeiro contato entre um consumidor interessado em Automação Residencial e a empresa especializada é um bate-papo, preferencialmente com a presença de todas as pessoas que residirão na casa. O objetivo é discutir os anseios e necessidades de cada morador e as possibilidades de customização. Após essa etapa, e já de posse da planta baixa e da planta elétrica e luminotécnica do imóvel, parte-se para a definição da solução que melhor atenderá o cliente.

Uma vez instalado e configurado o sistema de automação, é preciso apresentá-lo aos moradores. Nessa fase, eles terão contato com as interfaces, isto é, com os painéis touch, aplicativos para tablete ou smartphone, keypads etc. Aí vem a primeira grata surpresa: o manuseio de um sistema automatizado é muito mais simples do que se imagina, pois é intuitivo e direcionado. Assim, em poucas horas, os usuários já dominam toda a tecnologia, que permite, dentre outras coisas, controlar toda a inteligência da casa, mesmo a quilômetros de distância.

Com a automação residencial, é possível, por exemplo, receber um e-mail sempre que alguém abrir a porta do seu quarto. Esse recurso permite, inclusive, visualizar a foto de quem entrou no cômodo. Também há a possibilidade de abrir um aplicativo no smartphone para verificar se alguém deixou alguma luz acesa ou equipamento ligado e, em caso positivo, desligá-los de onde estiver. Uma casa automatizada também pode abrir ou fechar as cortinas a depender da luz solar e regular a temperatura do ar-condicionado a depender da temperatura externa.

Uma das coisas mais interessantes que se pode fazer em uma casa automatizada é a criação de cenas. Com esse recurso, é possível programar a execução de uma sequência automática de comandos. Assim, pode-se, por exemplo, criar uma cena no home theater chamada “Filme”. Ao ser acionado, esse comando apaga a luz central do ambiente, acende o led da sanca de gesso (dimerizado em 30%), fecha as cortinas, desce a tela retrátil, desce o lift do projetor, liga o receiver, coloca o receiver em HDMI1, liga o blu-ray e o ar-condicionado em 20 graus. Sem a automação, todos esses recursos teriam que ser acionados individualmente, de forma manual.

Da mesma maneira, o sistema também permite criar cenas de iluminação nas salas de jantar e estar, ativando-se opções como “Festa”, “Jogo” ou “Jantar Romântico”. Na atualidade, questões como iluminação e água passam por um fator imprescindível: a sustentabilidade.

Nesse sentido, é válido lembrar que é possível economizar até 40% de energia elétrica com a automação residencial, através do controle automático da luminosidade e da temperatura, que permite, dentre outras coisas, apagar ou acender as luzes, abrir ou fechar as cortinas e ligar ou desligar o ar-condicionado. O mesmo acontece com a água. A automatização possibilita o controle da irrigação ou da cascata da piscina, favorecendo a economia.

Praticamente todo e qualquer componente elétrico ou eletrônico de um imóvel residencial ou comercial pode ser integrado a um sistema de Automação. Dessa forma, é possível não só centralizar os controles de todos os equipamentos, mas também criar a integração entre eles, os moradores e os visitantes de um imóvel. Com a Automação Residencial, controlar a inteligência da casa é algo simples e divertido, além de benéfico, já que sobrará mais tempo para descansar e desfrutar do lar e da família.

Matéria publicada na versão impressa da revista Sacada

Foto: Arquivo Zafiro

Foto: Arquivo Zafiro

Foto: Arquivo Zafiro

Foto: Arquivo Zafiro

Foto: Arquivo Zafiro

Foto: Arquivo Zafiro

Leia também

Em destaque