Cada Arquiteto tem sua marca. A minha marca é caracterizar pela leveza, funcionalidade e uso de linhas reta”, revela Lodtone

Lodtone começou a atuar na área residencial, sendo autor de projetos de grandes residências. “Feira de Santana marcou época com as construções de residências de grande porte. As casas eram comentadas fora da cidade.

Foto: Arquivo pessoal

Atuando há 35 anos na área de arquitetura em Feira de Santana, Lodtone Borges formou- se em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), em 1977. No início da carreira, Lodtone trabalhou no escritório do arquiteto Raimundo Pires, tempo depois montou seu próprio escritório. “Arquitetura é a minha vida. É a forma de você viver, ter seu espaço de lazer, de habitar. Arquitetura para mim é tudo”, declara.

Lodtone começou a atuar na área residencial, sendo autor de projetos de grandes residências. “Feira de Santana marcou época com as construções de residências de grande porte. As casas eram comentadas fora da cidade. As pessoas investiam mesmo, porque Feira não era uma cidade com muita opção de lazer. Até hoje não tem. Então, as pessoas buscavam nas suas residências tudo: o morar, o viver e o lazer. “Eu fiz uma residência de um empresário feirense que até hoje a arquitetura é atual e isso me marcou muito. Mas quando eu passei a atuar na área comercial, foi que realmente me encontrei como arquiteto”, revela.

De acordo com o arquiteto, Feira de Santana é um grande centro logístico. “Minha grande sacada foi perceber que Feira de Santana é um grande centro logístico por excelência, um dos maiores entroncamentos rodoviários do país. Os empresários buscam se implantar nesta cidade pela facilidade de distribuir seus produtos. Pensando nisso, deixei a área residencial e parti para o setor comercial, pois percebi que a arquitetura podia auxiliar este setor. Então, parti para os galpões, conseguindo grandes distribuidoras da Bahia, como clientes no nível de Nestlé, Ambev, PG, etc”, relata.

Para Lodtone, são várias as vertentes na arquitetura em termos de projetos. “Você tem vertentes nas áreas: residencial, hospitalar, comercial e institucional. Mas quando se fala na área de residência, a tendência hoje é a verticalização, depois condomínios horizontais”, analisa.

Outra questão que vem sendo tendência na área da arquitetura é a preocupação com a sustentabilidade. “Hoje todo mundo busca a sustentabilidade de um projeto em si. A sustentabilidade pode ser facilmente identificada quando se é econômico a nível de iluminação, energia, ventilação natural, preservação do verde, economia de água, principalmente quando fazemos o direcionamento das águas pluviais para as tarefas de ajardinamento, lavagem de veículos, etc.”, informa. As obras de Lodtone são caracterizadas pela leveza, linhas retas e bem funcionais. “Minha arquitetura é bem clean, em linhas retas, bastante funcionais, principalmente porque eu trabalho com galpões, com a estrutura metálica e pré-moldados.

Os pré-moldados não têm muito o que buscar de formas, e sim utilizar a forma para fazer uma boa obra”, afirma. O arquiteto já foi Secretário de Planejamento e diretor de Urbanismo na Prefeitura de Feira de Santana, atuando como servidor público por 31 anos. Atualmente, Lodtone está aposentado pelo município, mas ainda exerce a profissão de arquiteto. “Cada projeto tem a sua marca. Na área comercial, quando as pessoas procuram um arquiteto, já lembram de Lodtone. Seja através da propaganda feita por clientes, seja pela indicação de muitos colegas de profissão. Não é que eu seja especialista, mas eu busquei me aprimorar na área, viajando pelo país para ver o que tem de novidade para este segmento”, conclui.

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