Estilo próprio

Com assinatura forte e atenção aos detalhes, o designer de móveis Marcus Ferreira 

Com uma carreira de mais de duas décadas, o designer de móveis Marcus Ferreira oferece produtos exclusivos para mais de 40 lojas no Brasil e no exterior. Fora do país, o designer acredita no produto nacional. “No exterior a propriedade intelectual é altamente valorizada. Também acreditamos no potencial de nossos designers”, enfatiza. O talento de Marcus rendeu a ele prêmios nacionais e estrangeiros como Museu da Casa Brasileira, Idea Brasil, Salão Design Casa Brasil, Boa Forma Abimóvel, Prêmio Feira de Colônia e If Design Award.

Autodidata

Estudante de Biologia Marinha em Florianópolis, Marcus Ferreira foi para São Paulo e conseguiu um trabalho temporário em que participava da produção de estofados. O negócio despertou sua atenção e o motivou a seguir estudando todas as etapas criativas, produtivas e comerciais do segmento. “Meu maior diferencial eram as técnicas antigas e artesanais, que prezavam pela qualidade e conforto do produto”, diz Marcus.

A oficina com seis funcionários aos poucos foi conquistando o mercado. Atualmente, a Decameron, sua primeira loja, conta com cerca de 40 colaboradores. “Fazemos nossos produtos à mão; com carinho, eles ganham alma própria e tornam-se únicos”, valida Marcus destacando a etapa de costura da produção.

Feito à mão

Os sofás, poltronas, bancos, chaises e mesas ganham design limpo e criativo, nas mãos de Marcus. Muitos deles contam com detalhes sofisticados, como os da alfaiataria. A madeira utilizada nos pés e nas estruturas de boa parte das peças são manufaturadas com técnicas de marcenaria e os detalhes dos estofamentos de sofás, pufes e poltronas chegam a ser confeccionados com até seis densidades diferentes de espumas.

As experiências pessoais e os estudos históricos são grandes inspirações para o designer. “Usamos técnicas antigas para criar peças atemporais com conceitos atuais”, diz. Para tal, Marcus não se amarra nas técnicas e sim nas necessidades pessoais dos usuários finais. “Para mim, os móveis vão além da funcionalidade: eles existem para aproximar as pessoas”, conclui.

Por Pedro Hijo

Matéria publicada na 10ª edição impressa da revista Sacada

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