Para mim, arquitetura é ajudar a tornar alguns sonhos reais, define Luana Souza

Feirense de nascimento, a arquiteta pretende continuar atuando na cidade, que para ela tem um grande potencial de crescimento 

Foto: Sacada

Formada em 2009, pela Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia, Luana Souza sempre nutriu o desejo de ser arquiteta. Filha de um conceituado profissional feirense, o arquiteto Lodtone Borges, Luana conta que foi vendo o pai trabalhar que começou a se interessar pelos traçados, linhas, volumes e formas que dão vida aos projetos arquitetônicos.

“Ver meu pai trabalhar criou em mim o gosto pelo desenho, pelo traçado. Desde então, sempre tive vontade de fazer Arquitetura”, revela. Depois de formada, a jovem arquiteta voltou para Feira de Santana, onde atua ao lado do pai há cinco anos, sobretudo na área comercial. Paralelamente, Luana desenvolve projetos em parceria com a arquiteta Priscila Pacheco, tanto de residências quanto de interiores e empreendimentos comerciais.

Dentre os projetos concluídos e em conclusão, Luana destaca uma residência no condomínio Bangalay, projetada em parceria com Priscila Pacheco; uma residência no bairro SIM e a sede da Bravo Caminhões, esta última realizada em parceria com Lodtone Borges.

A arquiteta diz que, aos poucos, está construindo a sua carreira. “Em qualquer profissão, todo início de carreira é mais difícil. É preciso mostrar potencial e capacidade de realização. A experiência de meu pai me ajudou e me ajuda muito para trocar ideias e conhecimentos. Procuro aprender cada dia mais para ir trilhando meu caminho profissional”, enfatiza.

Para Luana Souza, a Arquitetura é uma paixão. E assim ela a define: “Arquitetura é conseguir idealizar o sonho de alguém, torná-lo palpável, concreto. E isso faz com que eu me sinta realizada como arquiteta”, afirma.

Na faculdade, Luana conta que gostava de fazer projetos residenciais e projetos que pudessem explorar a criatividade. No desenvolvimento do seu trabalho ela procura estar sempre atenta à funcionalidade, ao conforto, à segurança, sem deixar de lado a estética.

A arquiteta afirma que é muito importante o diálogo com o cliente para ter um bom resultado de trabalho. Antes de iniciar um projeto, é necessário saber as necessidades do cliente. Depois de detalhado esse primeiro passo, a arquiteta aconselha acrescentar o que percebe ser necessário e reduzir os excessos, em seguida organiza as atividades nos espaços adequados. Muitas vezes, mostra também ao cliente materiais alternativos, que atendam não apenas aos requisitos estéticos mas também ao conforto térmico e durabilidade.

“Conseguir transformar um espaço pequeno, ou que era mal aproveitado, em um espaço útil, aconchegante e adequado ao perfil do cliente é gratificante. Usar a imaginação para projetar e pensar em formas, estrutura, conforto termoacústico, cores, texturas, tecnologia é interessante e desafiador”, ressalta.
Feirense de nascimento, Luana Souza pretende continuar atuando na cidade, que para ela tem um grande potencial de crescimento. “Passei seis anos em Salvador e me readaptei a morar em Feira novamente.”

“Feira está crescendo bastante e requer algumas mudanças na parte de infraestrutura, como melhoria do transporte urbano, segurança, mais espaços destinados à cultura, lazer, parques públicos e ciclovias. É preciso pensar na cidade também como espaço para interações interpessoais, pensar no coletivo, favorecendo, assim, uma melhor qualidade de vida para a população”, avalia.

Em termos de projetos arquitetônicos, ela acredita que a cidade também está inovando. “Hoje, é possível ver projetos mais diferenciados, já percebo em Feira de Santana um outro perfil, principalmente na verticalização da cidade e novas vias surgindo como vetores de crescimento. Acredito que a cidade vem crescendo e pode, com bons projetos na área de urbanismo, alcançar mais caminhos para o desenvolvimento”, afirma.

Matéria publicada na versão impressa da revista Sacada. 

Foto: Sacada

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