Matéria publicada na edição impressa da revista Sacada.
Natural de São Paulo, Inês Cerqueira vive em Feira de Santana desde 1967. Graduada em Arquitetura e Urbanismo em 1983 e com Especialização em Arquitetura de Sistemas de Saúde, 2003, ambos na Universidade Federal da Bahia, a arquiteta atua em projetos para clínicas, hospitais, residências e edificações comerciais.
“Tive o privilégio de começar a trabalhar no melhor escritório de arquitetura da época, isso me ajudou a conhecer o mercado de arquitetura de Feira de Santana. Com o passar do tempo, comecei a fazer uma coisa para um amigo, um vizinho, e aos poucos fui mostrando meu trabalho. Paralelo a isso, as pessoas foram entendendo a importância de se contratar um profissional para auxiliar na realização do sonho de construir sua casa”, revela Inês.
Atuando no mercado feirense desde 1983, a arquiteta Inês Cerqueira esteve à frente de obras importantes, como: Edifício Beverly Hills, Hotel Portal, Clínica Radiológica, Clínica Ceon, reforma e ampliação da Clínica Otorrinos, entre outras. “Busco oferecer, constantemente, novidades na área através de visitas técnicas em prédios com certificação em Sustentabilidade e prédios hospitalares. Participei de diversos cursos, palestras, feiras e congressos. Estou sempre atenta aos novos materiais, novas tendências, é preciso estar sempre se atualizando. O fato de trabalhar com clínicas médicas e hospitalares me levou a fazer uma especialização em Arquitetura Hospitalar”, informa.
Segundo Inês, Feira de Santana precisa se verticalizar, e não se expandir. “Acho que o mercado está precisando se repensar. A cidade precisa se verticalizar, e não se expandir continuamente com os condomínios horizontais cada vez mais afastados. O acesso a estes condomínios horizontais geralmente não absorve o fluxo de veículos, levando cada vez mais longe os serviços urbanos. Vale lembrar que a Avenida Getúlio Vargas merece mais em termos de ocupação e de arquitetura do que de lojas feitas com pré-moldados e fachadas iguais”, afirma.
Inês Cerqueira revela que os clientes se preocupam em tirar o máximo de proveito da área do imóvel, com beleza e praticidade. Segundo ela, à frente de tudo está o cliente, seus sonhos. “Não quero fazer um projeto que pareça uma foto de revista, quero que a pessoa que me contratou sinta-se num espaço seu, que tenha sua cara e atenda aos seus desejos”, enfatiza a arquiteta, acrescentando que não gosta muito de rótulos, mas é claro que tem coisas em que acredita e que sempre acaba dando uma marca. “Não costumo trabalhar com o clássico, mas tenho um projeto que gosto muito, de um apartamento para uma senhora que possui muitos móveis de época, peças de antiquário e acho que consegui fazer uma mistura do atual com suas peças. Gostei muito do resultado e acho que ela também”, conclui.