Tecon Salvador cresce 7,9% na movimentação geral de cargas em 2023

China e Estados Unidos são os principais destinos das cargas exportadas, sendo o país asiático também responsável pelas maiores movimentações de importação

A movimentação geral de cargas no terminal de contêineres do Porto de Salvador, o Tecon Salvador, unidade de negócio da Wilson Sons, maior operador de logística portuária e marítima do mercado brasileiro, teve crescimento de 7,9% entre janeiro e dezembro de 2023, com o registro de 400.839 TEUs (unidade de contêiner), sobre o mesmo período do ano anterior, quando o terminal operou 371.627 TEUs. É o maior volume operado desde a sua inauguração, há 23 anos. O recorde anual histórico anterior foi em 2021, com 376.366 TEUs. O segmento com maior representatividade foi o de exportação (+94.291), seguido da movimentação de cargas por navegação costeira, a cabotagem (+81.962), importação (+68.827), transbordo (+66.567) e remoções (23.636).

A região Nordeste, em especial a Bahia, vem sendo uma importante provedora de soluções para os atuais gargalos logísticos no País. O Porto de Salvador, diante das suas condições naturais de navegabilidade e localização privilegiada, desponta na liderança regional na modalidade de navegação com escalas em portos de mais de um país, chamada de longo curso. “O terminal de contêineres baiano é uma das instalações mais competitivas na América do Sul, potencializada pelos constantes investimentos nas melhorias das nossas instalações e que vêm contribuindo para obtermos recordes seguidos em nossas operações. Entre os portos do Nordeste, somos responsáveis por 41% dos contêineres do comércio exterior”, afirma Demir Lourenço, diretor- executivo do Tecon Salvador.

O executivo também destaca o trabalho comercial dedicado a manter e aumentar o fluxo de cargas, a exemplo do que houve com o algodão da região Matopiba (Bahia, Maranhão, Piauí e Tocantins), que cresceu 235% ano passado, sendo 964 TEUs em 2022 e 3.228 TEUs em 2023. Entre as cargas atendidas para o comércio exterior, os destaques de EXPORTAÇÃO são papel e celulose, que representaram 29,89% do total movimentado, além das frutas que representaram 11,33% com um crescimento de 103% na movimentação, vindas do norte de Minas Gerais, de Sergipe e de diferentes partes da Bahia e Pernambuco, com destaque para a região do Vale do São Francisco. Em IMPORTAÇÃO, os segmentos mais expressivos são químicos diversos e peças para o setor de energia solar, representando crescimento de 17,28% e 12,98%, respectivamente. Na CABOTAGEM, o setor de plásticos e polímeros diversos puxa a curva de crescimento, com 17,59%, seguido de químicos com 16,41%, e o arroz, vindo predominantemente do Rio Grande do Sul, com alta de 14,22%.

Com escalas semanais, China e Estados Unidos são os principais destinos das cargas exportadas, com 27,14% e 26,84% de participação, tendo o país asiático como o maior responsável pelas cargas de importação, 48,20%. No comércio local, Santa Catarina (28,16%), São Paulo (27,30%), Manaus (17,42%), Rio Grande do Sul (12,47%) e Pernambuco (4,75%) são os estados com mais uso do terminal baiano.

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