Com mercados de automação e iluminação somando quase R$ 25 bilhões, “casa do futuro” se torna realidade no Brasil

Enquanto mercados de automação (R$ 16 bi) e iluminação eficiente (R$ 8,7 bi) crescem, a segurança da infraestrutura elétrica se torna o pilar central para a casa moderna, apontam especialistas do setor

Foto: Divulgação

O conceito de “casa do futuro” está sendo redefinido por uma dupla revolução no Brasil: a da conectividade, com o mercado de automação residencial projetado em R$ 16 bilhões, e a da eficiência, com o setor de iluminação sustentável movimentando outros R$ 8,7 bilhões.

Juntas, essas duas macrotendências somam quase R$ 25 bilhões e estão transformando a maneira como os brasileiros se relacionam com suas casas e a demanda por uma infraestrutura elétrica mais inteligente.

Infraestrutura atual é um desafio para o mercado bilionário das casas inteligentes

A expansão da automação residencial é um fato, com um crescimento anual de 30% impulsionado pela popularização de assistentes de voz e dispositivos conectados (IoT).

Essa proliferação de equipamentos, no entanto, expõe uma vulnerabilidade crítica ao expor a infraestrutura elétrica despreparada de muitos lares. Segundo dados da Abracopel (Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade), 58% dos incêndios residenciais no Brasil são causados por falhas na instalação elétrica, muitas vezes ligadas à sobrecarga de circuitos antigos.

Eficiência energética: a sustentabilidade que se reflete no bolso

Paralelamente, a busca por economia na conta de luz impulsiona o mercado de materiais eficientes. O setor de iluminação, que deve faturar R$ 8,7 bilhões em 2025, é um exemplo claro, com a tecnologia LED gerando uma economia de energia em escala nacional suficiente para abastecer milhões de lares, de acordo com a ABILUX.

Uma pesquisa da CNI (Confederação Nacional da Indústria) revelou que 93% dos brasileiros já buscam ativamente produtos que evitem o desperdício, Contudo, a verdadeira eficiência energética em uma residência vai muito além das escolhas óbvias, como a lâmpada LED, abrangendo também vilões ocultos como uma fiação antiga, capaz de gerar perdas de até 10% da energia consumida.

Nova era de instalações residenciais traz consigo consumidores mais exigentes

As duas tendências não são independentes, mas sim, diretamente conectadas — sobretudo ao considerar que uma casa repleta de dispositivos inteligentes consome, fatalmente, mais energia. Nesse contexto, a eficiência energética deixa de ser um “bônus” para se tornar uma necessidade, com um projeto de automação sendo definido como bem-sucedido ao incorporar soluções para otimizar o consumo e convergir tecnologia com a inteligência da sustentabilidade.

Navegar entre as novas tecnologias de automação exige um conhecimento técnico que o consumidor final nem sempre possui, e é nesse ponto que o papel do suporte de especialistas se torna crucial. Para Karina Bassani, sócia e diretora da Santil, uma loja de materiais elétricos com mais de 40 anos de atuação no mercado, o desafio é justamente equilibrar a inovação com a necessidade de orientação:

“Vimos que o consumidor ficou muito mais exigente. Ele não quer esperar, então precisamos de tecnologia para dar agilidade. Mas ele também ficou mais carente e precisa de atendimento humano, especialmente em um tema tão técnico. Nosso desafio constante é escalar a oferta de novas tecnologias sem perder o contato humano e a capacidade de orientar o cliente para a solução mais segura e eficiente”, afirma.

o sucesso de uma construção ou reforma moderna não está nos itens que se veem, mas na qualidade de sua infraestrutura interna. Começar com uma infraestrutura elétrica robusta e bem planejada é a decisão fundamental que garante a conveniência, a sustentabilidade e a segurança de todo o resto.

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