Coleta de resíduos recicláveis durante o Carnaval em Salvador atinge 94 toneladas
Durante o Carnaval, a Prefeitura de Salvador instalou oito Centrais de Reciclagem nos circuitos oficiais da festa, resultando na coleta de aproximadamente 94 toneladas de resíduos recicláveis. Desse total, foram recolhidas 54,756 toneladas de alumínio e 39,086 toneladas de plástico. Este ano, houve um grande aumento na coleta de plástico graças aos incentivos aos catadores para a reciclagem desse material e também à iniciativa “Plástico é Vida, Reciclando na Avenida” realizada pela Cooperativa de Trabalho dos Recicladores da Unidade do Ogunjá (Cooperbari), em parceria com a Empresa de Limpeza Urbana de Salvador (Limpurb).
Geralmente, o alumínio é o material mais coletado devido ao seu alto valor de mercado. Nas cooperativas, o preço do quilo de alumínio é atualmente de R$5, enquanto o do plástico é de R$1. No entanto, durante o Carnaval em Salvador, houve um incentivo especial para os catadores que recolhiam plástico. Além do valor normalmente pago pelo material, eles receberam uma bonificação de R$100 a cada 30 quilos de plástico vendidos.
“Esse incentivo impulsionou a coleta de plástico no Carnaval. Com isso, ganharam as cooperativas, ganhou o público e também o meio ambiente”, conta Genivaldo Ribeiro, mais conhecido como Tico, diretor administrativo da Cooperguary, de Periperi, uma das cooperativas que atuaram no Carnaval.
De acordo com o responsável da Cooperguary, os resíduos coletados durante o Carnaval passaram por um processo de triagem, separação e armazenamento em grandes sacos conhecidos como “big bags”. A maior parte desse material já foi vendida e transportada. Ele estima que em aproximadamente um mês, as indústrias estarão reutilizando esse material.
“Aqui nós fazemos uma triagem, porque às vezes pode vir algum material dentro da latinha e nós também separamos os plásticos brancos e de gelo dos coloridos. Fazemos a separação de tudo e acondicionamos nas big bags. Uma big bag de latinha, por exemplo, tem uma média de 50 quilos. O material vai para vários compradores, que por sua vez, vendem para a indústria”, explica Tico.
“Cada vez mais a Limpurb busca acompanhar e desenvolver ações que envolvam cuidar da cidade, para além dos resíduos. O Carnaval foi um exemplo disso: além de fomentar o descarte correto destes materiais, ainda conseguimos contribuir com mais renda para inúmeras famílias “, destaca o presidente da Limpurb, Omar Gordilho.