A escolha da cor preferida tem a ver com a percepção e as experiências de vida
Quando se fala de cor, todo mundo tem uma preferência que pode mudar com o tempo ou não. Isso vai depender do ambiente que nos cerca, seja em casa ou no trabalho, bem como das amizades que fazemos.
Muito se ouve falar que escolhemos a cor de uma roupa, da tinta para pintar as paredes, dos móveis, das flores, enfim, de tudo que nos rodeia de acordo com o nosso humor e que estas escolhas influenciam positivamente ou negativamente no nosso comportamento.
A psicóloga Aline Santos Soares informa que as cores podem ser o reflexo da personalidade, mas na maioria das vezes, a nossa visão se sente atraída por determinadas cores devido ao nosso comportamento ou ao humor. “A nossa visão é que tem a percepção das cores, a captação da imagem. E os tipos das cores que nos atraem geralmente estão ligados ao nosso comportamento, atrelado às nossas experiências de vida”, afirma.
De acordo com Aline, a escolha da cor preferida tem a ver com a percepção, que é uma construção interpretativa, e a experiência de vida. “Se a preferência da pessoa é pelo azul, por exemplo, que está associado a pureza e a limpeza, muito provavelmente ela pode ter se desenvolvido num ambiente que favoreceu a isso ou despertou o desejo de vivê-lo. A escolha da cor está sempre associada a experiência de vida, ao momento em que a pessoa está vivendo agora”, explica.
As cores também revelam o nosso estado de espírito, de saúde e até mesmo as nossas emoções. Por isso, podemos escolher cores que nos favoreçam no nosso dia a dia, seja para causar um grande impacto ou passar tranquilidade numa determinada situação.
“Na medida em que temos conhecimento de que as cores podem influenciar na nossa percepção, podemos, sim, fazer uso delas ao nosso favor. Não é a toa que as pessoas que trabalham com marketing e decoração, nas mais diversas áreas, fazem distribuições de cores em seus produtos e espaços. Porém, não podemos esquecer que inconscientemente nós também fazemos escolhas e é muito difícil controlar tudo. Por mais que tenhamos o conhecimento, alguma coisa da nossa personalidade e estado de espírito vai influenciar no comportamento e, consequentemente, no uso das cores”, ressalta a psicóloga.