Projeto do Hub Salvador, de autoria do arquiteto Mário Figueiredo, lança mão de cores para estimular a criatividade
O primeiro núcleo de fomento e desenvolvimento de startups na Bahia merecia um projeto à altura de toda a inovação que o espaço iria inspirar. Assinado pelo escritório do arquiteto Mário Figueiredo, o plano de criação do Hub Salvador é fruto de uma Parceria Público-Privada (PPP) entre a Prefeitura de Salvador e a União, proprietária do Terminal Marítimo, destino escolhido para a implantação do projeto de 2 mil m².
A solução para apresentar um projeto funcional em apenas três meses, tempo destinado para a obra, foi construir módulos-containers para os espaços reservados e administrativo. “Conseguir projetar, especificar, comprar e receber 350 postos de trabalho em 90 dias foi um desafio”, diz Mário, que teve que conceber soluções construtivas baratas e duráveis. De acordo com o arquiteto, o orçamento por metro quadrado foi de 1/3 do que habitualmente um projeto corporativo desse porte consumiria.
Para construir os containers, caixas de gesso acartonado foram revestidas com telhas de aço pintadas. A ideia foi logo aprovada pelo cliente que desejava um espaço que conversasse com o jovem e que fosse associada ao terminal de cargas do porto de Salvador. “Usamos também sofás-cabine e poltronas-cabine, para permitir áreas abertas, mas com privacidade e acústica, o maior desafio de espaços corporativos abertos”, diz.
O azul do mar, protagonista da vista de quem está no prédio, é apenas uma das cores que compõem o hub. “Queríamos fazer um espaço muito colorido, de muita alegria, para que isso fosse associado ao trabalho”, comenta o arquiteto.
Os painéis de vidro e o teto da fachada proporcionam uma continuidade visual para quem admira o mar. “Somos o primeiro [e talvez único] escritório com ‘borda infinita’ da Bahia”, brinca.
Por Pedro Hijo
Matéria publicada na 10ª edição impressa da revista Sacada