Empreendimentos inovadores e uma economia diversificada impulsionam o crescimento da cidade como
referência no setor imobiliário ao longo dos anos

Feira de Santana destaca-se pelo volume e pela diversidade de empreendimentos surgidos ao longo dos anos, impulsionados por um crescimento econômico sólido, diversificado e contínuo. Com uma localização estratégica, é um dos maiores entroncamentos rodoviários do Brasil, facilitando o fluxo de mercadorias e pessoas e atraindo investimentos. Segunda maior cidade da Bahia, Feira de Santana supera até oito capitais brasileiras em população (segundo o IBGE) e afirma-se como um polo de negócios em diversos segmentos.
Esse ambiente econômico favorável estimulou um boom no mercado imobiliário, com grande predominância de empreendimentos horizontais e um aumento de novos projetos verticais. O mercado da construção civil e da arquitetura têm aproveitado esse potencial, diversificando oportunidades.

Nilson Araújo, presidente do CRECI-BA (Conselho Regional de Corretores de Imóveis – Bahia), observa a resiliência do setor imobiliário baiano, que demonstrou capacidade de crescimento mesmo durante os anos da pandemia, um período desafiador para diversas áreas econômicas: “Muitas atividades sucumbiram durante a pandemia, mas, para nossa surpresa e alegria, o segmento imobiliário cresceu”.

Osvaldo Ottan, empresário da Belvedere Construtora e Mirante Imobiliária, destaca que “Feira de Santana, pela posição geográfica privilegiada, é o maior entroncamento rodoviário do Norte e Nordeste. É um local ideal para logística, algo amplamente conhecido”. Ele observa ainda que “a Bahia só tem uma direção para crescer, que é o interior. Salvador não dá mais para fazer nada. Salvador está inchada. E o crescimento da Bahia, obrigatoriamente, tem que passar pelo interior. E qual é a cidade mais importante do interior? Feira de Santana”.
A localização privilegiada de Feira de Santana tem impulsionado tanto o setor imobiliário quanto o ambiente empresarial como um todo, atraindo a atenção de incorporadores e novos investimentos. A diversificação econômica da cidade sustenta seu desenvolvimento contínuo. Nilson Araújo, presidente do CRECI-BA, também destaca o mercado imobiliário local como pujante e em constante crescimento: “Feira de Santana nos dá muita alegria. Primeiro, o mercado é pujante e vem crescendo muito, até pela proximidade da capital”.
“Mesmo quando o Brasil ou a Bahia não estão tão bem, Feira se mantém devido às suas várias fontes de renda”, observam José Tadeu Filho e Walter Neto, sócios da Atual Imobiliária. Eles explicam que essa estabilidade contribui diretamente para a solidez do mercado imobiliário local.

Os empresários também enxergam o papel da cidade como um centro que atrai pessoas de municípios vizinhos em busca de melhores oportunidades, tanto de trabalho quanto de educação. “Feira ainda tem uma demanda por residência muito alta Por isso que você vê aqui diversos lançamentos. Às vezes, quem não é do segmento pensa que não vai ter tanta gente para morar. Mas, na verdade, ainda está aquém da demanda”, reforçam os sócios.
Tadeu e Walter acrescentam que a estabilidade e diversidade econômica de Feira tornam-na um local atraente para investidores: “Feira de Santana é uma cidade interessante porque a economia daqui sempre tem uma fonte de renda. Às vezes uma não está tão boa, a indústria não está tão boa, mas o comércio está, então é uma cidade boa para investir”.

A arquiteta Ana Cristina também destaca a força crescente de Feira de Santana e seu poder de atração de talentos e investimentos. “Ela tem uma potência e a gente, de vez em quando, vê essa potência extrapolando os limites. Então, assim, ela é uma cidade que tem empresários em todos os setores, desde a área rural, até a industrial, comercial, educacional e médica. É uma cidade universitária com grandes universidades como a UEFS, além de outras particulares. Eu sinto Feira de Santana não apenas começando, mas em ebulição”.
Esse cenário robusto e a demanda contínua por novas residências refletem o potencial de Feira de Santana como um polo imobiliário em plena expansão, atraindo cada vez mais investidores e gerando novas oportunidades no setor. “Observamos um crescimento constante em vários segmentos, especialmente no residencial, saúde e educação. O mercado habitacional tem se expandido de forma exponencial com o Minha Casa Minha Vida, que impulsionou o setor na região”, afirmam os engenheiros Hélio Aragão e Mailson Castelão, da STR Consultoria e Projetos Estruturais. “Atualmente, o mercado atende tanto à habitação popular quanto a casas e edifícios de alto padrão”.

Tadeu e Walter destacam que Feira de Santana é frequentemente chamada de “capital do interior”, devido à sua capacidade de atrair pessoas e investimentos de cidades menores. “É contínuo, Feira é uma cidade realmente que, eu diria, a gente brinca, é a capital do interior.
Muita coisa converge para Feira, que ainda alimenta e abastece o entorno e muitas cidades”. Segundo eles, a cidade também se destaca em projetos habitacionais populares, especialmente com o programa Minha Casa Minha Vida. “Feira é conhecida nacionalmente. É um case dentro da Caixa Econômica com o Minha Casa Minha Vida, mas não o modelo doado, e sim o incorporado e vendido. Feira está na vanguarda e é reconhecida nacionalmente”.

No segmento de alto padrão, Feira de Santana também se destaca pelos condomínios horizontais de luxo, que têm valorizado áreas estratégicas da cidade. Um exemplo é o Il Campanário, localizado na Av. Artemia Pires e projetado pela arquiteta Ana Cristina Monteiro, que possui um dos metros quadrados mais valorizados entre os condomínios de alto padrão — um empreendimento que nós, da revista Sacada, acompanhamos desde o seu lançamento e já destacamos em nossas páginas.


Em 2024, a L. Marquezzo destacou-se com o lançamento do Mon Jardim no Bairro Papagaio, próximo à Av. Fraga Maia, uma área de expansão na cidade. O projeto é assinado pelo arquiteto Sidney Quintela, natural de Feira de Santana, que mantém escritórios em Salvador e no exterior. Quintela também é responsável por outros empreendimentos de destaque, como os condomínios Fabergé e Bangalay.

Feira de Santana vive uma expansão arquitetônica, que traz inovação e modernidade, com projetos cada vez mais funcionais, para atender à crescente demanda local. Nesse cenário, a arquiteta Ana Cristina Monteiro, renomada por também ter projetos de edifícios e condomínios na região, ressalta o expressivo crescimento do mercado imobiliário ao longo dos anos. “Um projeto foi chamando o outro”, comenta, destacando como o desenvolvimento da cidade impulsiona continuamente novos empreendimentos.
Ela enfatiza que, para sustentar essa expansão, é essencial diversificar os tipos de empreendimentos urbanos: “Os edifícios residenciais, eu acredito muito ‘neles, aqui’ em Feira de Santana. Ainda temos muitos espaços vazios dentro do anel de contorno da cidade, em bairros privilegiados, que comportem mais pessoas morando. Não podemos enxergar só uma horizontalidade, já que a grande maioria dos lançamentos são condomínios horizontais. É preciso ter um mix. A cidade precisa funcionar também em outros vetores”, diz Ana Cristina.
A Belvedere Construtora, sob a liderança de Osvaldo Ottan, tem se destacado com empreendimentos verticais em Feira de Santana. Entre eles, o Charmant Hotel Business é um complexo multiuso de 31 pavimentos, projetado pelo arquiteto Ivan Smarcevscki, que integra salas comerciais, um mall, o NH Hotel e, na cobertura, o Seen Restaurante, assinado pelo arquiteto Sidney Quintela.

“O Charmant foi um sonho realizado. Muitos me chamaram de maluco no início, mas hoje ele se tornou um referencial no interior da Bahia. Quem chega ao Charmant, vê a beleza do prédio; e quem está dentro, aprecia o conforto e funcionalidade que ele oferece. Com um hotel de ponta, um restaurante internacional e um mall completo, Feira se orgulha desse empreendimento”, compartilha Ottan. A Sacada acompanhou de perto o desenvolvimento do Charmant, desde o seu nascimento, registrando momentos importantes desse projeto que trouxe modernidade ao cenário urbano da cidade.
Em continuidade a essa trajetória, a Belvedere Construtora entregou, em 2024, o Saint Remy Residence, um edifício de alto padrão, localizado no bairro Santa Mônica. Com 36 pavimentos — sendo 32 deles residenciais e os demais, destinados a garagens, playground e mezanino — o Saint Remy é agora o edifício residencial mais alto de Feira de Santana, com 121 metros, ficando atrás apenas do edifício comercial Charmant, que possui 137 metros.

A Belvedere deu início às obras do Washington Tower, um empreendimento residencial projetado pela arquiteta Ana Cristina Monteiro, no bairro Santa Mônica. “São 44 apartamentos tipo, com áreas de 205,22 m² e 208,08 m², e 8 duplex, com 364,75 m² e 368,88 m², totalizando 52 unidades”, explica Ottan, que comemora a incorporação do conceito duplex ao edifício.
Entre outros marcos que valorizam o mercado imobiliário de Feira de Santana, destaca-se o Palácio de Buckingham, que foi construído por uma parceria entre os empresários Heron Marinho e Edson Piaggio. Esse edifício de luxo, projetado pela arquiteta Ana Cristina Monteiro, está localizado no bairro Santa Mônica e ocupa um terreno de 4.335 m², com apartamentos de 321 m².

O Palácio de Buckingham tornou-se um símbolo de sofisticação e modernidade na cidade. Em entrevista concedida à Sacada na época do lançamento, Heron Marinho, da Marinho Empreendimentos, comentou: “A Princesa finalmente ganhará seu Palácio. A cidade, símbolo da pujança comercial e do crescimento econômico, receberá um empreendimento que vai orgulhar a todos que moram aqui”.
Feira de Santana conta com um ecossistema robusto e diversificado de construtoras, incorporadoras e pequenos construtores independentes, todos trabalhando intensamente para acompanhar o ritmo de crescimento da cidade. Esse volume de empresas e profissionais engajados na construção civil demonstra a vitalidade do mercado e o compromisso em atender a uma demanda aquecida.
Ana Cristina Monteiro destaca o papel essencial do empresariado na formação da cidade e enfatiza a importância de um compromisso constante com a qualidade: “São os empresários e construtores que constroem a cidade, formando seu presente e futuro”.
Em sintonia com essa visão de compromisso com a cidade, Ottan compartilhou com entusiasmo seus planos futuros, afirmando: “Eu tenho projeto até 2026. Tem um que, infelizmente, ainda não posso falar, mas vai impactar o mercado”, afirma.
Esse espírito de progresso e a determinação dos empreendedores locais sustentam o desenvolvimento de Feira de Santana, posicionando-a como um dos principais polos imobiliários e econômicos do interior do Brasil.
DADOS CRECI–BA FEIRA DE SANTANA*
Números de corretores na cidade 1.694
62% homens x 38% mulheres
244 imobiliárias ativas
Só perde para a capital em número de novos entrantes no mercado imobiliário. Média de 28 novos corretores habilitados/inscritos por mês.
*dados fornecidos pelo CRECI – BA (Conselho Regional de Corretores de Imóveis), (dados obtidos em setembro de 2024
CIDADES QUE COMPÕEM A REGIONAL FEIRA DE SANTANA:
Cachoeira, Capim Grosso, Conceição de Feira, Conceição do Jacuípe, Conceição do Coité, Coração de Maria, Euclides da Cunha, Itaberaba, Riachão do Jacuípe, Santa Bárbara, Santo Amaro, Santo Estevão, São Gonçalo dos Campos, Serrinha, Tanquinho de Feira e Tucano;
CONSTRUÇÃO DA SEDE PRÓPRIA EM FEIRA DE SANTANA
A sede própria da regional do CRECI em Feira de Santana será construída na Rua Dr. Elpídio Nova, próxima ao
novo Centro de Convenções e ao Shopping Boulevard.
